"A história do desenvolvimento das relações entre a China e os Estados Unidos diz-nos que se os dois países trabalharem em conjunto, ambas as partes serão beneficiadas, mas se lutarem entre si, ambas serão prejudicadas", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa.

Mao afirmou que a China "sempre acreditou que as relações estáveis, saudáveis e sustentáveis entre a China e os EUA estão de acordo com os interesses comuns dos dois países e com as expectativas da comunidade internacional".

"A China está disposta a trabalhar com a nova administração dos EUA para defender os princípios do respeito mútuo, da coexistência pacífica e da cooperação", acrescentou, sublinhando a importância de as duas potências poderem "reforçar o diálogo e a comunicação, gerir corretamente as diferenças e alargar a cooperação".

Mao reagiu assim a uma pergunta sobre possíveis conversações entre representantes chineses e norte-americanos nas próximas semanas.

De acordo com o jornal norte-americano The Wall Street Journal, Trump manifestou aos seus conselheiros a intenção de viajar para a China após a tomada de posse, podendo fazê-lo durante os primeiros 100 dias do seu mandato.

O republicano já teve uma conversa telefónica recente com o Presidente chinês, Xi Jinping, durante a qual discutiram questões como o comércio, o tráfico de fentanil e a polémica em torno da proibição da aplicação de vídeos TikTok nos Estados Unidos.

Rompendo com uma longa tradição de não convidar líderes ou chefes de Estado estrangeiros para a cerimónia de tomada de posse do presidente dos EUA, Trump convidou Xi e outros chefes de Estado para a sua tomada de posse, mas o líder chinês enviou o vice-presidente, Han Zheng.

Durante o seu primeiro mandato, Trump manteve uma relação tensa com Pequim, dando início a uma guerra comercial que incluiu a imposição de taxas que se mantêm em vigor. O republicano promete agora impor taxas até 60% sobre as importações provenientes da China.

 

JPI // SB

Lusa/Fim