"É um escândalo", disse o político social-democrata no primeiro debate eleitoral com o seu rival conservador, Friedrich Merz, transmitido pelas emissoras públicas ZDF e ARD.
"Agora que o cessar-fogo acaba de começar, podemos ver a destruição inacreditável que foi causada no local. E eu digo, juntamente com o governo egípcio, com o governo jordano e com as pessoas que têm direito à dignidade humana, que a reinstalação de populações é inaceitável e viola o direito internacional", sublinhou.
Friedrich Merz partilhou a posição e sublinhou que a ideia de Donald Trump faz parte de uma série de propostas da administração norte-americana que são "irritantes".
"Mas teremos de esperar para ver se ele está a levar isto a sério e como se aplicará. Provavelmente também haverá muita retórica envolvida", disse o líder da União Democrata-Cristã (CDU) e candidato a chanceler, que também disse 'compreender' a decisão de Trump de ter apenas dois géneros (masculino e feminino).
Já Olaf Scholz classificou de "inapropriada" a posição de Donald Trump sobre o género, defendendo que "cada um deve ser tão feliz como quer ser".
No debate, o primeiro duelo televisivo para as eleições legislativas de 23 de fevereiro, o chanceler alemão criticou Friedrich Merz por ter "traído a sua palavra" ao apresentar no Parlamento textos que visam endurecer a política de migração e que são apoiados pelo partido de extrema-direita AfD.
O líder social-democrata afirmou que a manobra de Friedrich Merz tinha "quebrado um tabu" na política alemã e que tinha "perdido a confiança" nos compromissos do seu adversário.
Friedrich Merz, que é favorito nas eleições legislativas alemãs, reafirmou que a CDU nunca fará uma aliança com o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
"Gostaria de deixar claro, mais uma vez, que não o faremos", disse, sublinhando que "não existe uma base comum" entre o seu partido e o AfD.
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Lusa/fim