O Mosteiro dos Jerónimos acolhe hoje, 40 anos depois, uma cerimónia evocativa da assinatura do Tratado de Adesão às Comunidades Europeias, que contará com intervenções do Presidente da República, do primeiro-ministro e do presidente do Conselho Europeu, António Costa.

Durante a cerimónia, será assinada a Declaração de Lisboa, que "reafirma a vocação europeia de Portugal e o contributo português para o aprofundamento da União", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), em comunicado.

As comemorações da adesão de Portugal prolongam-se até 2026 -- a entrada efetiva ocorreu em 01 de janeiro de 1986 -, e pretendem assinalar "40 anos de sucesso", mas também "lançar as sementes do futuro", disse à Lusa o comissário das celebrações Carlos Coelho, ex-eurodeputado e atual vice-presidente do PSD.

Além das intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa, de Luís Montenegro e de António Costa, também está previsto um discurso do antigo presidente da Comissão Europeia e antigo primeiro-ministro português, José Manuel Durão Barroso.

Será ainda exibido um vídeo evocativo da assinatura do Tratado onde serão destacados Mário Soares e Ernâni Lopes, então primeiro-ministro e ministro das Finanças, respetivamente -- ambos já falecidos.

Na assinatura de há 40 anos, participaram também Rui Machete, então vice-primeiro-ministro, e Jaime Gama, na qualidade de ministro dos Negócios Estrangeiros.

A cerimónia contará ainda com "expressões culturais que celebram a identidade portuguesa e o compromisso com o projeto europeu", nomeadamente atuações da Orquestra Geração, "projeto de inclusão social que simboliza o potencial da juventude portuguesa", de cante alentejano pelo grupo Os Lagóias de Portalegre e uma interpretação de fado por Sara Correia, cabendo o encerramento à Banda do Exército.