Catorze concelhos de Bragança, Guarda e Faro estão esta sexta-feira em perigo máximo de incêndio, no dia em que as temperaturas se mantêm elevadas, com Évora a chegar aos 38 graus e Braga e Castelo Branco aos 37.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou em perigo máximo de incêndio rural os concelhos de Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Vimioso, Miranda do Douro, Mogadouro, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta (Bragança).

Os concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), Portimão, Silves, Loulé, Tavira e São Brás de Alportel (Faro) também estão hoje em perigo máximo de incêndio.

Vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental apresentam esta sexta-feira um perigo muito elevado e elevado de incêndio.

De acordo com os cálculos do IPMA, o perigo de incêndio vai manter-se máximo em quase todo o distrito de Faro até domingo, sendo a região mais afetada.

Na sequência da previsão meteorológica, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou para o aumento significativo do risco de incêndio rural, especialmente no interior norte e centro e na região sul.

Risco de incêndio tem 5 níveis

Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê valores superiores a 33/35°C na maior parte do território nacional, ventos do quadrante norte, níveis de humidade relativa do ar inferiores a 30% e noites tropicais no interior das regiões Centro e Sul até domingo.

Por causa da previsão de tempo quente, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou os distritos de Bragança, Évora, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Santarém, Lisboa, Beja, Castelo Branco, Portalegre e Braga sob aviso amarelo até às 18:00 de sábado.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou na quinta-feira para uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de África, que transporta poeiras em suspensão, que vai prejudicar a qualidade do ar em Portugal continental a partir de hoje.

A situação pode estender-se até sábado e dias seguintes, apontou a autoridade de saúde, numa nota.

"Prevê-se a ocorrência de uma situação de fraca qualidade do ar no Continente, registando-se um aumento das concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar", pode ler-se.

Este poluente (partículas inaláveis) tem efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, como as crianças e os idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados.

Enquanto este fenómeno se mantiver, a DGS recomenda a população a evitar esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.

A previsão de tempo quente levou também a Direção-Geral da Saúde a recomendar medidas preventivas, como beber água regularmente, evitando a ingestão de bebidas alcoólicas.