
O secretário-geral socialista, José Luís Carneiro, anunciou hoje que vai pedir uma audiência ao primeiro-ministro depois de reuniões que pretende ter com o presidente do parlamento e dos tribunais superiores, manifestando disponibilidade para "servir o país".
"Sobre esta reunião que tive hoje com o senhor Presidente da República, trata-se de um diálogo institucional que pretendo realizar com outros órgãos de soberania, nomeadamente com o senhor presidente da Assembleia da República e também com os tribunais superiores", afirmou, à saída de uma audiência no Palácio de Belém, que durou uma hora e 15 minutos.
Em declarações aos jornalistas, dias depois de ter sido eleito secretário-geral do PS, José Luís Carneiro adiantou que pretende, depois das audiências que vai pedir a José Pedro Aguiar-Branco e aos presidentes dos tribunais superiores, propor uma audiência ao primeiro-ministro, Luís Montenegro.
"Este diálogo foi muito importante para poder mostrar a disponibilidade do Partido Socialista para servir o nosso país. Desde logo e em primeiro lugar naquelas que são funções estratégicas do Estado, no que tem a ver com as nossas responsabilidades europeias e as nossas responsabilidades atlânticas", apontou.
Carneiro disse ter transmitido a Marcelo Rebelo de Sousa a disponibilidade do PS "para contribuir para o aperfeiçoamento do sistema de segurança interna e do sistema de justiça" e para também se "estabelecer um diálogo tendo em vista qualificar a vida democrática".
"Pude também transmitir aquelas que são prioridades vitais para o nosso desenvolvimento coletivo, a necessidade que há em responder a questões concretas da vida das pessoas, estou a falar nomeadamente das questões que têm a ver com o crescimento da nossa economia e a possibilidade de nós contribuirmos para a melhoria dos salários e dos rendimentos das famílias, com a habitação e também com a saúde", referiu.
O novo secretário-geral do PS disse ainda que quer contribuir para que o reforço das capacidades europeias em termos de defesa possa ajudar ao desenvolvimento da economia nacional.
"Estou a referir-me à criação de um plano estratégico nacional que valorize a dimensão industrial militar, mobilizando as capacidades do Estado, do nosso sistema científico nacional, das pequenas e médias empresas, tendo em vista garantir que o investimento em defesa não coloca em causa funções sociais e funções de coesão territorial e de coesão económica", apontou.