
"A baleia apareceu aqui anteontem. Não é normal, caiu dentro do coral", disse hoje à Lusa Joaquim Araújo dos Santos, num barco que levava os curiosos a ver de perto o animal.
"Não é altura de passar baleias, é a primeira vez", continuou Joaquim Araújo Santos, referindo-se ao facto de o animal ter ficado preso na zona de coral e já não ter conseguido sair também porque a maré baixou.
As baleias e os golfinhos podem ser avistados durante todo o ano em Timor-Leste, com o ponto alto de visualizações a acontecer entre outubro e dezembro.
Naquela altura, no estreito de Wetar, que separa Díli da ilha de Ataúro, pode ser vista uma grande diversidade de baleias em rota migratória entre os oceanos Pacífico e Índico, incluindo a baleia-azul e o cachalote.
Junto à baleia, vários pescadores timorenses tentavam cortar o animal para aproveitar a carne para comer e vender, mas, sem grande sucesso, porque, segundo Araújo dos Santos, "não se consegue cortar uma baleia com facas".
Contactado por telefone pela Lusa, o comandante da Unidade de Polícia Marítima timorense, Eugénio Pereira, disse que se deslocaram quinta-feira a Ulmera para observar diretamente a baleia, mas não têm forma de a retirar do local.
O comandante explicou também que já falou com as entidades responsáveis pelo setor das pescas e do meio ambiente para definirem como a baleia pode ser removida e enterrada.
Eugénio Pereira manifestou preocupação com o facto de os pescadores estarem a aproveitar a carne para consumo, alertando que pode representar um risco para a saúde.
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