
O Presidente da Autoridade Palestiniana felicitou hoje Donald Trump pela intervenção no cessar-fogo entre Israel e o Irão, afirmando estar disponível para trabalhar com os Estados Unidos para alcançar um acordo de paz para Gaza.
Mahmud Abbas salientou, numa carta enviada ao Presidente norte-americano, que o cessar-fogo entre Israel e o Irão, depois de 12 dias de conflito armado, é "um passo necessário e importante para colocar um fim às crises no mundo", antes de acrescentar que a trégua "terá um impacto positivo na segurança e estabilidade" do Médio Oriente.
A 13 de junho, Israel atacou instalações militares e nucleares iranianas, desencadeando uma resposta do Irão. No passado fim de semana, os norte-americanos também atacaram três instalações nucleares iranianas.
Um cessar-fogo entre Israel e Irão foi alcançado, com a intervenção da administração norte-americana, na segunda-feira à noite.
O Presidente da Autoridade Palestiniana (ANP) saudou ainda as "posições corajosas" de Trump sobre "a necessidade de interromper a guerra na Faixa de Gaza" e "alcançar um cessar-fogo imediato e permanente".
O líder palestiniano manifestou "total disponibilidade para trabalhar em estreita colaboração" com os Estados Unidos e outros países da região para "negociar imediatamente" e "implementar um acordo de paz abrangente".
Abbas sublinhou que este acordo deve incluir "um calendário vinculativo que ponha fim à ocupação [israelita em Gaza] e promova segurança e estabilidade para todos", de forma a alcançar "uma paz justa e duradoura baseada nas leis internacionais e na Iniciativa de Paz Árabe", segundo a agência de notícias palestiniana WAFA.
"Convosco, podemos alcançar o que parecia impossível: uma Palestina reconhecida, livre, soberana e segura e Israel como um país reconhecido e seguro, assim como uma região em que se poderá viver em paz, prosperidade e integração", disse Abbas.
O líder palestiniano acrescentou estar "cheio de esperança e confiança" na capacidade de Trump "em criar uma nova história na região, restaurando uma paz perdida durante gerações".
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023. Neste ataque morreram mais de 1.200 pessoas e cerca de 250 foram sequestradas.
Mais de 56.000 palestinianos, na maioria civis, foram mortos na Faixa de Gaza na campanha militar de retaliação israelita, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.