"O número de mortos é de 22. O exército de ocupação israelita realizou uma série de ataques aéreos violentos em Khan Yunis (sul) hoje pela manhã, particularmente em redor do Hospital Nasser", disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o porta-voz da Defesa Civil na Faixa de Gaza, Mahmoud Bassal.

Testemunhas disseram à AFP que houve confrontos perto do centro hospitalar, cujo edifício acabou por sofrer muitos danos.

No norte da Faixa de Gaza, várias pessoas foram também mortas. Pelo menos duas pessoas morreram num ataque com 'drone' a uma tenda que albergava pessoas deslocadas pela guerra.

"Vários mártires foram mortos pelas forças de ocupação no pátio do Hospital Indonésio no norte de Gaza (...)", disse Bassal à AFP.

Este hospital, localizado em Beit Lahia (norte), está cercado pelo exército israelita há vários dias. Contactado pela AFP, o exército israelita não comentou de imediato estes ataques.

O Governo turco, liderado pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan, pediu hoje à comunidade internacional que interrompa a intensa operação militar realizada por Israel na Faixa de Gaza.

"É de extrema importância que a comunidade internacional tome medidas eficazes e decisivas contra Israel para garantir a paz e a segurança regionais. Instamos a comunidade internacional a agir em conformidade com as suas obrigações legais e humanitárias", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco em comunicado.

"A extensa operação terrestre de Israel em Gaza prejudica todas as tentativas de alcançar a paz e a estabilidade" quando as negociações estão em curso, indicou o Ministério turco, que instou à "cessação imediata de todas as operações, entrada de ajuda humanitária em Gaza e um cessar-fogo urgente".

O comunicado refere-se à nova ofensiva terrestre lançada por Israel no fim de semana enquanto decorrem negociações no Qatar para um acordo entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas para terminar com a guerra em Gaza, que teve início em outubro de 2023.

Um intenso bombardeamento na noite de sábado matou mais de 100 residentes de Gaza, incluindo dezenas de crianças, e obrigou ao encerramento do último hospital em funcionamento no norte de Gaza.

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