Apoio, cuidados de higiene e hidratação, tratamento de chagas e úlceras, ajuda à alimentação, garantir que o doente está confortável. Estas são algumas das tarefas que todos os dias milhares de profissionais levam a cabo, cuidando dos que estão mais frágeis, dos que estão doentes e internados, conscientes ou não. É o trabalho diário dos técnicos auxiliares de saúde.

O técnico auxiliar de saúde é também o profissional que, guiado por médicos e enfermeiros, auxilia na prestação de cuidados de saúde, na recolha e transporte de amostras biológicas, na limpeza, higienização e transporte de roupas, materiais e equipamentos, na limpeza e higienização dos espaços e no apoio logístico e administrativo das diferentes unidades e serviços de saúde.

Mas apesar da importância do seu trabalho diário, estes profissionais têm vindo a ficar para trás na luta por melhores condições. Este ano, porém, os auxiliares de saúde têm conseguido importantes conquistas. Primeiro, o governo aceitou reposicionar, numa carreira especial, mais de 24 mil assistentes, após 15 anos nas carreiras gerais do Estado, o que implicou um aumento de 48 euros mensais (6,4%) para profissionais remunerados na faixa do salário mínimo nacional. Agora, pela primeira vez, têm direito ao reconhecimento da sua importância, quando de celebra o Dia do Auxiliar de Saúde.

A luta vinha sendo prosseguida há muito, pelos profissionais que tanta diferença fazem nos cuidados de saúde mas não tinham ainda visto a sua condição reconhecida. E agora chegou a resolução positiva, repondo a justiça: "A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, consagrar o dia 22 de dezembro como Dia Nacional do Técnico Auxiliar de Saúde", lê-se na Resolução aprovada, e para a qual muito contou a petição lançada no verão pela APTAS - Associação Portuguesa dos Técnicos Auxiliares de Saúde, em defesa deste grupo profissional e "por ser mais do que merecido e justo".