
A SIC sabe que o presidente da Carris, Pedro de Brito Bogas, colocou o lugar à disposição na noite de quarta-feira, na sequência do acidente no Elevador da Glória, mas Carlos Moedas não aceitou.
O autarca da Câmara de Lisboa alega que o presidente da Carris tem de perceber o que falhou de forma exaustiva e dar todas as respostas. Recorde-se que Moedas pediu um inquérito para apurar as causas do acidente.
Questionado sobre este assunto, fonte próxima de Carlos Moedas responde apenas: "Aqui ninguém foge".
Quer Moedas, quer Pedro de Brito Bogas estiveram no local da tragédia no próprio dia. Foi o presidente da Carris a garantir, na altura, que a manutenção do elevador foi “escrupulosamente respeitada".
Questionado pela RTP na altura, Moedas não respondeu, no entanto, se mantinha ou não confiança em Pedro de Brito Bogas e se o pretendia segurar no cargo.
O descarrilamento do Elevador da Glória provocou 16 mortos e mais de 20 feridos. Este sábado deverão ser divulgadas as primeiras conclusões sobre o acidente.
A nota informativa deveria ter sido publicada na sexta-feira, mas foi adiada já que o gabinete que investiga acidentes ferroviários teve de aguardar pela total remoção dos destroços.