
"A moção será apresentada assim que for aberta a terceira sessão parlamentar, em 03 de julho", disse a porta-voz da formação, Nan Boonthida Somchai, após uma reunião, na terça-feira, entre o comité executivo e deputados do partido, citada pela imprensa tailandesa.
O Bhumjaithai, liderado pelo até então poderoso ministro do Interior, Anutin Charnvirakul, abandonou na semana passada o Governo de coligação, formado por dez grupos, depois de ter sido tornada pública uma conversa telefónica entre Shinawatra e o ex-primeiro-ministro do Camboja e atual presidente do Senado, Hun Sen.
No áudio, a mandatária questionava o papel de um alto comandante do exército tailandês, no contexto do conflito fronteiriço entre Banguecoque e Phnom Penh, que se intensificou desde o final de maio, após a morte de um soldado cambojano numa zona disputada.
A formação conservadora, que era a segunda com maior representação no Executivo, passou a fazer parte da oposição após a saída, o que levou outros parceiros governamentais a se reunirem para avaliar se mantêm o apoio à primeira-ministra.
O presidente do Senado, Mongkol Surasajja, pediu ao Tribunal Constitucional que analisasse se a líder cometeu "uma violação grave das normas éticas" ao criticar o militar.
A porta-voz do Bhumjaithai incentivou as formações da oposição --- Partido Popular, Palang Pracharath, Partido da Justiça e Thai Sang Thai --- a assinar a moção e apoiar o debate de censura contra a primeira-ministra, de 38 anos, que chegou ao poder em agosto de 2024.
Shinawatra sucedeu no cargo a Srettha Thavisin, do mesmo partido, o Pheu Thai, depois de este ter sido destituído pelo Tribunal Constitucional, por violar o código de ética ao nomear como ministro um condenado por corrupção.
Um grupo civil, crítico do Governo, convocou um protesto para sábado, para exigir a renúncia da primeira-ministra.
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