
Devido à tendência de aumento de propagação da doença, mesmo fora do continente africano, a agência de saúde pblica da UA anunciou um novo plano continental, que necessita ainda de cerca de 207 milhões de euros.
"O novo plano centra-se na intensificação da resposta atual, mas também procura integrar algumas intervenções no sistema existente", disse o epidemiologista Ngashi Ngongo, chefe do Gabinete Executivo dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças em África (CDC África), numa conferência de imprensa, detalhando que pretendem descentralizar mais a capacidade laboratorial, reforçar a vigilância epidemiológica e a digitalização da resposta.
Os CDC África estimam o custo do novo plano para reforçar a resposta continental à doença em mais de 429 milhões de dólares (quase 398 milhões de euros), mas Ngongo observou que desse montante faltam 224 milhões de dólares (cerca de 207 milhões de euros).
A República Democrática do Congo (RDCongo), nação vizinha de Angola, continua a ser o epicentro do surto, com 85.462 casos (16.896 confirmados em laboratório), incluindo 1.675 mortes, desde 2024, de acordo com os mais recentes dados da agência.
Para os CDC África, o maior desafio para combater a epidemia é a falta de recursos, quer de financiamento, quer de vacinas.
Oito países já receberam vacinas contra o mpox e seis deles já estão a imunizar as suas populações.
A agência de saúde da UA declarou o mpox uma emergência de saúde pública de segurança continental em 13 de agosto de 2024 e, no dia seguinte, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou o estado de alerta sanitário internacional para a doença, uma medida que a OMS também decidiu prolongar.
O mpox é uma doença infecciosa que pode provocar uma erupção cutânea dolorosa, gânglios linfáticos inchados, febre, dores de cabeça, dores musculares, dores nas costas e falta de energia.
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