Erik Menendez, condenado pelo assassinato dos seus pais em 1989, juntamente com o seu irmão Lyle, foi diagnosticado com uma "grave condição médica" após ter sido internado. O advogado de Erik Menendez, de 52 anos, defende que o seu cliente deve ser libertado devido ao seu estado de saúde.

Terá sido transferido para um centro hospitalar fora da prisão de San Diego, onde está detido desde 1996, altura em que foi condenado a prisão perpétua. Embora não tenha sido confirmado oficialmente, a imprensa internacional avança que Erik Menendez sofre de um problema renal.

Duas fotografias de identificação fornecidas pelo Departamento de Correções da Califórnia, que mostram Erik Menendez (à esquerda) e Lyle Menendez (à direita).
Duas fotografias de identificação fornecidas pelo Departamento de Correções da Califórnia, que mostram Erik Menendez (à esquerda) e Lyle Menendez (à direita). AP

A sua condição de saúde, que abrange problemas físicos e psicológicos, está a ser invocada como motivo para pedir a sua libertação. Numa entrevista ao TMZ, o advogado Mark Geragos afirma que, devido ao estado fragilizado de Erik Menendez, a prisão já não é uma solução adequada.

A notícia surge semanas antes de Erik e Lyle Menendez serem convocados para uma audiência de liberdade condicional nos dias 21 e 22 de agosto, após terem passado várias décadas na prisão. Em maio deste ano, um juiz da Califórnia reduziu as penas dos irmãos Menendez, autorizando-os a solicitar liberdade condicional após cumprirem 35 anos de prisão.

O famoso caso dos irmãos Menendez

Em agosto de 1989, os irmãos Menendez, na altura com 18 e 21 anos, dispararam várias vezes à queima-roupa contra os pais, Kitty e José Menendez, na mansão da família em Beverly Hills, na Califórnia, nos Estados Unidos.

Lyle Menendez (à esquerda) e Erik Menendez (à direita) durante a audiência preliminar realizada em Beverly Hills, Califórnia, que foi adiada na sexta-feira, 12 de abril de 1991.
Lyle Menendez (à esquerda) e Erik Menendez (à direita) durante a audiência preliminar realizada em Beverly Hills, Califórnia, que foi adiada na sexta-feira, 12 de abril de 1991. Kevork Djansezian // AP

Apesar de terem admitido os disparos, afirmam que agiram em legítima defesa, após terem sofrido durante anos abusos físicos, emocionais e sexuais por parte do pai.

História ganhou filme e documentário na Netflix

O caso dos dois irmãos tornou-se conhecido internacionalmente após o lançamento, em 2024, de um filme e de um documentário da Netflix.

Em 1990, o Ministério Público norte-americano acusou os dois jovens, então com 18 e 21 anos, de terem morto os pais a tiro para herdarem uma fortuna no valor de 14 milhões de dólares (13 milhões de euros).

Em 1996, ambos foram condenados por homicídio em primeiro grau e conspiração para assassinar os pais, recebendo penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Contudo, em maio deste ano, as suas penas foram reduzidas.

Os advogados alegaram que os irmãos foram vítimas de abuso sexual durante anos pelo pai, e que a mãe estava ciente da situação, defendendo que o homicídio foi uma tentativa desesperada de autodefesa. No entanto, o juiz considerou que os irmãos Menendez estavam a mentir.