Geórgia, Estados Unidos, África do Sul, Itália e França são os países que se juntam a Portugal no Amphora Wine Day, evento que, ano após ano, tem conquistado a participação de produtores mundiais de vinho de ânfora e de talha. Agendado para dia 16 de novembro, a 7.ª edição do encontro, que já se “transformou num dos maiores eventos de vinhos de ânfora do mundo”, acontece na Herdade do Rocim, localizada em Cuba, no Alentejo.
“Estando na região com maior tradição do vinho de talha em Portugal, na Vidigueira, onde se produz este vinho há mais de 2 mil anos, acreditamos que fazia todo o sentido organizar um evento que celebrasse o uso de ânforas”, explica Pedro Ribeiro, CEO e enólogo da Herdade do Rocim, responsabilidade que partilha com Catarina Vieira.
O objetivo maior desta experiência é “ajudar a preservar esta prática milenar”. Reúne adegas nacionais e do Alentejo, a região que figura no topo do cartaz da produção vitivinícola de vinho de talha. É o caso da Adega Cananó e da Adega do Teso, ambas de Cabeção, Pavia, da Adega Marel, da Amareleja, Talha Máfia Wines e Gerações da Talha, ambas de Vila de Frades, ou XXVI Talhas, de Vila Alva.
Conforme o programa do Amphora Wine Day, está previsto um debate sobre os “Vinhos de talha - um luxo acessível”, moderado por José João Santos, da Revista de Vinhos. Mas para melhor compreender os vinhos de ânfora, Rodolfo Tristão, escanção, formador na área dos vinhos e docente na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, promete “desmistificar e descomplicar a linguagem do vinho”. São cinco as referências que o escanção vai dar como exemplo. No copo vão ser servidos vinhos dos produtores Anaberika Winery, da Geórgia, Château de Piote, de Bordéus, França, Casca Wines, de Hélder Cunha, Bojador, projeto pessoal de Pedro Ribeiro, e da Adega Belém Urban Winery, de Catarina Moreira e David Picard.
“A ideia é falar sobre as regiões, sendo a Geórgia e o Alentejo os mais clássicos no que diz respeito à produção destes vinhos”, explica Rodolfo Tristão. O escanção fala ainda sobre a reação de quem bebe este vinho pela primeira vez. “O primeiro impacto não é muito simpático, devido à sensação de terracota no vinho”, mas o certo é que a ânfora realça mais os aromas e os sabores das castas. Por essa razão, o escanção considera os vinhos de ânfora “uma lufada de ar fresco no mercado dos vinhos, porque são feitos de uma forma mais tradicional”.
Para acompanhar o vinho, o Amphora Wine Day conta com produtores locais de queijo e enchidos, bem como de cinco restaurantes alentejanos (mediante custo adicional).
O evento começa às 11h00 e mantém as portas abertas até às 14h00 apenas para imprensa e profissionais do setor. Das 14h00 às 19h00, o público pode provar todos os vinhos. Até à data do Amphora Wine Day (Herdade do Rocim, EN 387, Cuba. Tel. 284415180), os bilhetes custam €24,50 por pessoa e estão à venda nos locais habituais e na Ticketline. O valor aumenta para €29,50 quando comprado no próprio dia, que termina com “a abertura das talhas da Rocim”, informa Pedro Ribeiro. Um dos atrativos da iniciativa é a possibilidade de se provarem todos os vinhos presentes.