O Município de Vila Viçosa já está a prepara a implementação de uma “biblioteca móvel”, num investimento a rondar os 170 mil euros.

O anúncio foi feito por Inácio Esperança, presidente da autarquia, à margem da abertura da Feira do Livro, onde sublinhou, aos jornalistas, que o valor foi candidatado ao PRR e «está aprovado».

«Foi difícil aprovar a candidatura, mas já temos a verba contratualizada», referiu o autarca, esclarecendo que «estamos agora a adquirir a viatura, para transformar, e tem de estar pronta até junho de 2026».

O presidente vincou também que «temos também já o acervo e as pessoas com formação para biblioteca».

No entanto, o desejo é outro: «O que queremos é mesmo a biblioteca física», não descurando a viatura, que «terá a sua utilidade».

Inácio Esperança relembrou a reunião que teve com a Ministra da Cultura em novembro do ano passado, onde «nos foi informado que o PRR contemplava bibliotecas para os cinco concelhos que não tinham».

Porém, ficou «espantado» quando lhe foi informado que «era para bibliotecas moveis».

«Como é que há biliões de euros no PRR e que não se fazem cinco bibliotecas ou se propõem aos municípios fazer», atirou o autarca, dizendo ainda que «foi nos dito que não pensaram nisso, só em bibliotecas móveis».

O edil calipolense realçou que há «vários espaços municipais onde podemos contruir uma biblioteca», assim como «ideias» e «vontade» de a construir, mas «precisamos é de verbas» para algo que é «extremamente necessário em Vila Viçosa».

«Se nos ajudassem com cerca de 2 milhões de euros, faríamos certamente uma grande biblioteca e recuperaríamos imóveis em Vila Viçosa», vincou ainda

Em relação à móvel, o presidente sublinhou que também foi pensada numa «reserva» do acerva e que «depois vão mudando os livros», servindo ainda para «projetar filmes, música e fazer pequenos teatros».

Terá também a função de «autarquia mais próxima», uma vez que «vamos instalar sistemas informáticos que permitem ser um balcão único avançado nas freguesias».

«As pessoas podem fazer várias operações que às vezes podem ter alguma dificuldade em fazer e haverá um plano para ela circular pelas freguesias e pela sede do município», adicionou.

No futuro, na possibilidade de haver uma biblioteca física, Inácio Esperança sublinhou que «a carrinha será um complemento», num sistema igual ao de outros municípios que «têm grandes bibliotecas físicas e têm uma carrinha que não deixaram de utilizar».

Ainda assim, frisou que «obviamente uma carrinha é uma carrinha e uma biblioteca é uma biblioteca».

«A carrinha pode levar a cultura, livros, estar mais próxima e pode desempenhar outras funções», disse, clarificando que «a biblioteca permite-nos ter o arquivo municipal bem tratado e bem acondicionado, ter um acervo maior e permite-nos pensar em outros voos, como uma ludoteca, uma casa da arte, uma casa para associações culturais, espaços de leitura, etc».