O Festival Islâmico de Mértola vai decorrer entre 22 e 25 de maio, anunciou a Câmara Municipal de Mértola, entidade responsável pela organização do evento.

A iniciativa, que se realiza desde 2001, tem como objetivo evocar o período islâmico no concelho, sem recurso a recriações históricas, promovendo o património cultural, turístico, gastronómico e natural da região.

Um dos momentos centrais do festival é o mercado de rua, conhecido como souk, que ocupará as ruas da vila com produtos inspirados no antigo Al-Andaluz e nas rotas comerciais do Mediterrâneo. O espaço contará com a presença de artesãos, comerciantes, oficinas e diversas ações de animação. As ruas serão decoradas com panos e caniços, recriando o ambiente tradicional associado ao mercado islâmico.

O presidente da Câmara Municipal de Mértola, Mário Tomé, destacou a relevância do evento: «É um evento que se afirma claramente no panorama nacional como um dos maiores eventos culturais do país. Leva a Mértola muitos milhares de visitantes. Tem um impacto absolutamente significativo na economia local, na promoção de um sítio, de uma região».

O autarca salientou ainda a dimensão sociocultural do festival, referindo que o evento promove «uma intervenção muito importante no cariz social, sociológico, comportamental da sociedade, numa mistura de culturas, no saber aceitar, nos saberes, respeitar culturas diferentes nesta multiculturalidade».

Sobre a edição de 2025, Mário Tomé afirmou que o município tem o desafio de fazer crescer o festival a cada ano: «Temos um desafio interno que é, ano após ano, ter a capacidade de fazer sempre crescer mais o Festival Islâmico e ser um evento maior a cada ano que passa». O presidente referiu que a organização está a trabalhar, há vários meses, em aspetos logísticos como vistos, passaportes e estadias para artistas internacionais.

A Câmara Municipal de Mértola está igualmente a preparar um estudo que permita quantificar o impacto económico do evento, embora os resultados apenas devam estar concluídos em edições futuras. «Não vamos conseguir ainda no 25, mas no 27, tenho a certeza, porque estamos a trabalhar isso de forma consistente com uma equipa e uma empresa muito preparada para esse efeito», referiu o presidente.