A taxa de esforço das famílias portuguesas para arrendar e comprar casa voltou a aumentar no terceiro trimestre de 2024, de acordo com o Idealista.

Em média, arrendar uma casa no país exige agora 84% dos rendimentos familiares, enquanto comprar representa 69%, acima da recomendação de 33% em ambos os casos. No Alentejo, a situação revela-se mista, com algumas capitais de distrito a registarem diminuições no esforço necessário para a aquisição de habitação.

Em Évora, por exemplo, a taxa de esforço para arrendar uma casa manteve-se inalterada em 54% dos rendimentos familiares, acima do recomendado, mas inferior à média nacional. Já para a compra de casa, Évora registou uma descida significativa, com a taxa de esforço a baixar 6 pontos percentuais, fixando-se em 45%. Beja também registou uma redução no esforço necessário para compra, situando-se agora nos 23%, uma das taxas mais baixas a nível nacional, permitindo que as famílias destinem menos de um terço dos seus rendimentos a esta finalidade.

Por outro lado, Portalegre destaca-se pela taxa de esforço de apenas 21% no arrendamento e compra, ficando assim entre as poucas capitais de distrito onde o peso da habitação nos rendimentos familiares está abaixo do limite recomendado.

Esta análise surge num contexto de aumento generalizado das taxas de esforço em várias cidades portuguesas, com Lisboa a liderar no arrendamento, onde a média atingiu 91% dos rendimentos familiares, e o Funchal na compra, com uma taxa de 105%.