
Após o final do clássico entre Benfica e Sporting, no último sábado, dia 10 de Maio, que terminou com um empate 1-1, a polémica em torno da invasão de campo ganhou novos contornos.
O empresário, Alfredo Silva foi identificado como o adepto que invadiu o relvado do Estádio da Luz, no momento em que os árbitros João Pinheiro e Gustavo Correia estavam a sair do campo, após o apito final.
Silva, que se dirigiu diretamente aos árbitros para manifestar o seu desagrado pelo resultado, foi rapidamente envolvido num incidente com os mesmos, durante o confronto verbal, o empresário realizou um movimento brusco com o braço na direção de Gustavo Correia, o que foi interpretado como uma tentativa de agressão.
O episódio foi registado nos relatórios da equipa de arbitragem, da Polícia de Segurança Pública (PSP) e dos delegados da Liga, gerando uma investigação formal.
Em entrevista ao jornal A Bola, Alfredo Silva esclareceu os acontecimentos, afirmando que não tinha intenção de agredir ninguém. “Entrei simplesmente no relvado. Estava uma grande confusão entre os jogadores e fui até lá para manifestar o meu desagrado. Não fiz mal a ninguém”, garantiu.
O empresário revelou ainda que, após o incidente, foi abordado por um funcionário do Benfica, que lhe pediu para sair do relvado, o que fez acompanhado de um segurança.
Silva pediu desculpa de forma pública aos árbitros, ao Benfica e ao Conselho de Arbitragem, assumindo que a situação foi resultado das emoções do momento. “Peço desculpa ao senhor João Pinheiro e aos árbitros. E peço desculpa ao Benfica. Isto não se deve fazer, foram as emoções. Jamais faria algo de mal, juro pelos meus filhos e netos. Tenho o maior prazer em pedir desculpa pessoalmente aos árbitros”, afirmou.
O caso teve repercussões significativas para o clube da Luz, que agora enfrenta a possibilidade de ser penalizado com uma suspensão de um a três jogos à porta fechada, com base nos relatórios da equipa de arbitragem e nas queixas apresentadas por ameaça à integridade física dos árbitros.
Por sua vez, Alfredo Silva afirmou que não tinha conhecimento da queixa-crime apresentada pelos árbitros à PSP e reafirmou a sua postura pacífica. “Mas eu não agredi ninguém, foi uma situação gestual. Jamais faria alguma coisa de mal. O que quero é que tudo corra bem no futebol português, que deixem os árbitros descansados e não os pressionem”, concluiu.
O incidente, que destaca o clima tenso que muitas vezes envolve os grandes jogos do futebol português, levanta questões sobre o comportamento dos adeptos e a segurança nos estádios.
A investigação prossegue, enquanto o Benfica aguarda a decisão da Liga sobre a possível punição.