
O ser humano tem realizado feitos incríveis ao longo da nossa existência. No entanto, por detrás dos nossos triunfos coletivos, muitos de nós ainda lutam para se sentirem felizes.
Tal como explica o site ScienceAlert, a procura pela felicidade é antiga, sendo que as inúmeras gerações têm vindo a refletir sobre as fontes da sua própria satisfação e a dos outros.
Atualmente, psicólogos têm tentado determinar e aumentar a felicidade em massa como uma questão de saúde pública, com projetos como o Relatório Mundial da Felicidade.
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No entanto, embora a ciência moderna tenha lançado uma nova luz sobre a felicidade, a mecânica envolvida permanece pouco compreendida. De acordo com uma nova investigação, publicada na Nature Human Behavior, pode ser útil adotar uma abordagem mais personalizada, com foco nas diferenças individuais que poderiam perder-se em estudos agregados ao nível populacional.
"Precisamos de entender as fontes de felicidade para criar intervenções eficazes", explica Emorie Beck, investigadora de psicologia na Universidade de Califórnia, Davis.
Como estudos anteriores mostraram, fatores socioeconómicos exercem uma influência significativa na felicidade, incluindo assunto como saúde, riqueza, conexões sociais e satisfação no trabalho.
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Isto fundamenta o modelo 'de baixo para cima' da felicidade, que explica como os fatores externos podem determinar a nossa posição em determinados domínios da vida, possivelmente influenciando a nossa satisfação. Essa visão tende a favorecer políticas mais amplas para promover a felicidade pública, ao invés vez de intervenções individuais.
"Mas todos nós conhecemos pessoas nas nossas vidas que vivenciam eventos traumáticos, mas que parecem felizes", refere Beck. Muitas pessoas relatam uma felicidade que aparentemente desafia as circunstâncias; algumas encontram satisfação ou alegria em situações difíceis, enquanto outras lutam apesar das aparentes vantagens.
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O modelo 'de cima para baixo' da felicidade concentra-se mais nesse ângulo, com menos ênfase nos fatores externos do que na forma como as pessoas pensam e sentem a seu respeito. Este modelo favorece intervenções como terapia ou meditação, que focam em características e atitudes pessoais.
Posto isto, e de uma forma mais resumida, parece que o segredo para a felicidade depende mais de si próprio do que do ambiente em que vive ou dos vários domínios da sua vida.
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