
Os castigos físicos aplicados a crianças de países de baixo e médio rendimento levam exclusivamente a resultados negativos, incluindo impacto na saúde, no desempenho escolar e no desenvolvimento socioemocional, de acordo com um novo estudo publicado na Nature Human Behaviour.
A investigação, que analisou 195 estudos relacionados com punições físicas publicados entre 2002 e 2024, concluiu que este tipo de castigos está associado a consequências negativas, como a deterioração da relação entre pai e filho, o aumento da probabilidade de se tornar vítima de violência, perpetuar violência ou aprová-la, problemas de saúde física ou mentais, uso de substâncias, problemas no desempenho escolar, problemas de comportamento, entre outras.
Não foi notado impacto nas competências cognitivas, motoras ou problemas relacionados com trabalho infantil.
"A consistência das conclusões sugere que os castigos físicos são universalmente prejudiciais para as crianças e adolescentes", refere o autor do estudo Jorge Cuartas, citado pela EurekAlert!.
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