A vida é, também, feita de vários amores. Que o confirme Raquel Tavares que, a par do fado, guarda em si uma outra paixão: a dança. No novo podcast da SIC, O Amor é a Razão, de Renato Godinho, lançado nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, a cantora falou sobre estes seus dois lados e desabafou, inclusive, acerca de uma limitação física que a obrigou a afastar-se de um deles.
Há cerca de dois anos, a artista foi operada a um joelho que, na altura, explicou ter sido uma consequência de uma "lesão antiga". Inclusive, nas redes sociais, chegou a partilhar uma fotografia em que se mostrava de muletas e com meias de compressão. Passado este tempo, Raquel Tavares 'abriu o jogo' sobre essa fase mais delicada da sua vida, já que a afastou de um grande amor.
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"A primeira coisa que perguntei ao meu médico quando entrei no consultório e ele me disse 'vamos ter que operar' foi 'daqui a quanto tempo é que posso dançar?'. Não foi trabalhar, na altura eu estava na SIC, a fazer o Domingão. Eu não perguntei 'quando é que eu posso voltar a trabalhar?', eu perguntei 'quando é que eu posso voltar a dançar?'", relatou a Renato Godinho.
Logo depois, a fadista acabou por proferir uma das frases mais impactantes de toda a entrevista e que dizia respeito a este episódio em concreto. "Chorei como se me tivessem dito que me iam, peço desculpa, amputar-me uma perna. Não, eu só ia operar um joelho e em princípio em quatro meses estaria a dançar", confidenciou, assumindo o quão difícil foi "essa gestão" de estar afastada da dança.
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"Fui dançar um bocadinho mais cedo, com ordem médica, mas eu esforcei-me para poder dançar, porque me era fundamental. Foi, curiosamente, numa fase de mudança, mais uma vez, que foi quando eu decido voltar à música de forma profissional", disse ainda. Raquel Tavares garantiu também que a dança tem em si o poder de a levar a posicionar-se na vida. "Foi muitas vezes a dançar que eu encontrei algumas respostas", afirmou.
"Muitas [repercussões emocionais]… Imensas… Tanto que eu evito de falar"
Apesar da recuperação, a cantora acabou por ter de se ajustar e a limitar a frequência na prática da dança. Teve, devido a isso, segundo o que explicou, "muitas [repercussões emocionais]… Imensas…", de tal forma que Raquel Tavares confessou ser um tema sobre o qual evita falar.
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"A dança, na minha vida, e numa determinada fase da minha vida foi-me absolutamente fundamental, que me salvou muitíssimas vezes porque era e é a única ocasião de que me lembro que me extrai do meu universo, da vida real, e o não poder dançar retira-me…", continuou.
" É claro que eu agora, que voltei a cantar e numa fase bem mais equilibrada nesse sentido, de usar-me do fado finalmente de uma forma bem mais confortável, não me está a fazer tanta falta quanto noutra altura faria, mas não dançar é quase um assunto que eu não falo, porque me é lugar muito desconfortável, é lugar de alguma tristeza, eu diria… mas a verdade é que não dançar me retira bastante de mim ".