Marco Paulo não queria ser esquecido e tinha como sonho doar o património a Mourão, vila que o viu nascer, para o poder expor no que seria um lagar de azeite, conforme havia contado a Ana Marques.
“Tivemos uma reunião pessoal na casa dele, em Sintra, e seguiram-se trocas de mensagens via WhatsApp. Obviamente que o município mostrou logo essa disponibilidade e abertura, tendo ficado apalavrada a nossa atual galeria municipal, que era coincidentemente um antigo lagar de azeite, e é isso que ele refere e daí a confusão”, começou por dizer João Fortes, presidente da Câmara Municipal de Mourão, à ‘TV 7 Dias’.
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“Estamos a reviver história”
“Gostou muito do espaço. Prescindiríamos, nós, município, que funcionasse como galeria municipal, para ser fixa de Marco Paulo, mas, entretanto, deixámos de conversar nos últimos meses, com o agravar da situação dele. Ainda que no velório tenha estado com alguns familiares julgo que o sentimento global é esse”, continuou.
“Entendi claramente que algumas peças, pela sua importância, preferiria não doar ao museu, pela afinidade que tem com elas, e que ficassem na família. Se calhar, estamos a falar de 80 por cento do espólio que seria de facto doado. Os fatos. Estamos a reviver História, principalmente para os fãs”, rematou.