Parece o enredo de um filme, mas trata-se de uma história verídica que aconteceu em setembro de 2023, mas só agora foram divulgadas novas informações. Uma mulher do Minnesota, nos EUA, confessou que se fez passar pela irmã gémea num caso que envolve a morte de duas crianças.

Sarah Beth Petersen e Samantha Jo Petersen, de 35 anos, são acusadas de conspirar para trocar de lugar depois do carro de Samantha, um Toyota, ter embatido numa carroça puxada por cavalos, onde ia uma família amish. Wilma Miller, de sete anos, e Irma Miller, de 11 anos, não resistiram, juntamente com um dos animais. Dois dos seus irmãos também ficaram feridos, mas sobreviveram.

Mas, afinal, como surgiram as suspeitas? De acordo com uma queixa criminal, obtida pelo Post Bulletin e citado pelo Law&Crime, uma mulher foi vista a andar com um telemóvel e, de seguida, outra mulher terá aparecido no local. As duas mulheres pareciam idênticas, exceto pelas roupas que usavam.

Uma testemunha descreveu uma das irmãs como uma "mulher loira" enquanto outra descreveu a alegada condutora como "vestindo roupa preta, sem óculos, cabelo loiro muito claro, era mais alta". As duas terão também dado um abraço no local da tragédia.


As provas e as acusações


Durante a investigação foram encontradas várias declarações incriminatórias: Não há forma de saberem a diferença entre nós as duas, por isso não conseguem perceber”, disse Sarah Beth Petersen à irmã enquanto estava sentada no carro da polícia. Como descobriram? A conversa foi gravada pelo próprio sistema do veículo policial. Mais tarde, os investigadores terão descoberto uma série de mensagens de texto no telemóvel de Samantha Petersen assim como pesquisas na Internet.

No início de fevereiro de 2024, Samantha foi acusada de 21 crimes no total e, dois dias depois, a irmã foi acusada de 16 crimes graves. Sarah terá aceite um acordo judicial, de acordo com o Post Bulletin. "Sim, eu menti", terá dito na audiência.

A arguida disse que a sua irmã lhe ligou "a chorar, em pânico e assustada" e contou que não viu o veículo antes de lhe fazer o pedido de troca de identidade. Inicialmente, Sarah terá recusado, mas mudou de ideias quando a irmã lhe disse que "iria para a prisão durante muito tempo".

Agora, Sarah enfrenta uma pena máxima de seis meses de prisão e quatro anos de liberdade condicional. As restantes 14 acusações contra ela foram retiradas, mas agora a sua sentença está nas mãos do juiz, que ainda não aceitou formalmente o acordo judicial. Já Samantha é acusada de homicídio voluntário, operação criminosa, condução sob o efeito do álcool e condução descuidada e aguarda sentença.