
Manuel Cavaco tem 21 anos, mas consigo já carrega o peso da morte de um tio que, para si, era como um irmão mais velho. Além disso, o jovem, que faz muito voluntariado, foi também alvo de bullying na escola, o que levou a que tivesse de receber apoio psicológico para lidar com a situação.
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“O avião saiu da pista, bateu com uma asa, incendiou-se e acabou por explodir”
Foi em conversa com Lisa Schincariol que o estudante de Medicina partilhou aquele que foi o momento mais triste da sua vida. A partida repentina do tio materno, André, que faleceu aos 29 anos, na sequência de um acidente de avião ao serviço da Força Aérea. “Para o Manel, o tio representava quase a figura do irmão mais velho, que é o tio porreiro, o tio que leva à discoteca, que faz programas de tardes de jogos de computador, que leva ao cinema, que leva ao bowling. Era o tiozão. E, portanto, a morte do André foi uma morte extremamente devastadora para a família. Acredito que tenha sido a maior perda e a maior tristeza da vida dele”, conta a mãe, em exclusivo, à TV 7 Dias.
“Isto aconteceu num dia que foi marcado pela chegada da Seleção Portuguesa, no dia 11 de julho de 2016. Portugal tinha ganho o Europeu, em França, e estavam a chegar os nossos jogadores de futebol. Então, no meu trabalho estávamos todos a ver a chegada da seleção na televisão e, ao mesmo tempo, nas notícias, vê-se um avião C-130 da Força Aérea, que explode, no Montijo”, prossegue Rita Saramago, que nos explica ainda que “eles estavam a fazer uma prova, o avião saiu da pista, bateu com uma asa, incendiou-se e acabou por explodir”.
“Nós, imediatamente, tentámos falar com o meu irmão e eu comecei a receber imensas chamadas, pessoas a saber se estava tudo bem. Esse dia coincidia com o aniversário da minha filha mais nova e os avós dele não estavam cá, pois a bisavó dele tinha falecido sete semanas antes e eles tinham ido tratar das coisas do funeral, tanto que não lhes quisemos dizer nada sem termos a certeza das coisas, porque nós acreditámos até ao fim”, recorda a mãe do jovem. “Foi depois, por volta das 15h00, quando já estou na escola da pequenita, para cantar os parabéns, que recebo a notícia de que o padre da Força Aérea estava lá em casa para comunicar a notícia”, lamenta Rita, que, nesse dia, teve de dar das notícias mais difíceis aos seus dois filhos rapazes.
“Ele era uma figura muito importante para ele e, de um momento para o outro, a nossa vida muda tristemente. Por um lado, tínhamos a miúda que fazia anos e estávamos felizes por ela. Por outro, temos a maior tristeza da nossa vida, que é a perda de alguém que amamos sem nos conseguirmos despedir”, afirmou.
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Textos: Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt); Fotos: redes sociais