
Francisco Pinto Balsemão recorda Mario Vargas Llosa, escritor peruano-espanhol que morreu no domingo, no Peru, aos 89 anos, como “uma figura máxima da literatura mundial”, cujo legado perdurará "para além das personagens que criou" e das obras que publicou.
O fundador do Expresso e da SIC lembra, em comunicado, que, para além de ser uma referência mundial no universo da literatura, Mario Vargas Llosa “será para sempre recordado como um dos expoentes da literatura latino-americana".
Francisco Pinto Balsemão considera que o legado do escritor sul-americano “perdurará para além das personagens que criou e dos romances que publicou”.
“Os seus livros ajudavam a pensar o mundo. Porque resultavam de um pensamento livre, crítico e sábio na interpretação da realidade que nos rodeia, desde os pequenos momentos do quotidiano, até às grandes questões da humanidade”, justifica .
O "brilhantismo" de Mario Vargas Llosa
Para além de ter tido “o privilégio de tê-lo como amigo”, o ex-primeiro-ministro mostra-se satisfeito por ter “desfrutado seu grande sentido de humor e apadrinhado o seu doutoramento honoris causa pela Universidade Nova em 2014.”
Francisco Pinto Balsemão regozija-se ainda por ter “testemunhado bem de perto” o “brilhantismo” de Mario Vargas Llosa enquanto “escritor, pensador e cidadão do mundo”.
“Fico-lhe eternamente grato pela amizade e pelo exemplo. À sua família endereço profundos pêsames e um sentido obrigado”, conclui.
O romancista peruano-espanhol morreu no domingo, aos 89 anos, na sua residência em Lima, capital do Peru.
Nascido em Arequipa, no mesmo país sul-americano, em 28 de março de 1936, Jorge Mario Pedro Vargas Llosa, foi também político, jornalista, ensaísta e professor universitário. Em 2010, foi agraciado com o Prémio Nobel da Literatura.