
O mandato de Delfim Sardo, enquanto vogal do conselho de administração do CCB, terminaria a 25 de abril, mas o curador irá assegurar funções até ao final de maio, "exceto se entretanto for nomeada outra pessoa para o cargo", explicou fonte do CCB.
De acordo com a tutela da Cultura, "como o governo se encontra em gestão, não será nomeado um sucessor de imediato".
A saída de Delfim Sardo foi noticiada hoje pelo jornal Público, ao qual o curador revelou ter escrito, há dez dias, uma carta à ministra da Cultura a dar-lhe conta da renúncia.
O Ministério da Cultura confirmou que Delfim Sardo comunicou à ministra Dalila Rodrigues a sua intenção de não renovar para um terceiro mandato.
Numa mensagem interna enviada aos trabalhadores, à qual a agência Lusa teve acesso, Delfim Sardo afirma que assegurará o cargo até ao final de maio "para uma passagem tranquila".
Durante o mandato de cinco anos viu "o CCB transformar-se, abrir o Museu de Arte Contemporânea [MAC/CCB], finalizar o concurso para os módulos IV e V [de ampliação do CCB], reorganizar-se e estabelecer-se como um grande chão comum entre as artes performativas, as artes visuais e a arquitetura", escreveu Delfim Sardo na mensagem aos trabalhadores.
Delfim Sardo foi reconduzido em 2022, pelo então ministro da Cultura Pedro Adão e Silva, para um mandato de três anos como vogal do conselho de administração do CCB, com o pelouro da programação.
Também em 2022 tinham sido reconduzidos Elísio Summavielle, como presidente do conselho de administração, e Madalena Reis como vogal, ambos para mandatos de três anos, até abril de 2025.
Elísio Summavielle saiu no final de 2023, a seu pedido, tendo sido substituído no cargo por Francisca Carneiro Fernandes, que por sua vez foi exonerada um ano depois pela atual ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.
Em novembro passado, Dalila Rodrigues designou Nuno Vassallo e Silva para o cargo de presidente do conselho de administração, justificando a escolha "pela necessidade de imprimir nova orientação à gestão da Fundação Centro Cultural de Belém".
Questionado pela Lusa sobre a possibilidade de recondução de Madalena Reis no cargo, o gabinete da ministra da Cultura referiu que "essa pergunta só poderá ser respondida pelo próximo governo".
"Madalena Reis não colocou qualquer entrave a assegurar o seu cargo mesmo depois do final do mandato. Essa é, aliás, a situação normal: assegurar o cargo até haver recondução ou substituição", referiu.
[Notícia atualizada às 18h50]
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