
"Vamos chamar a atenção dos políticos e dos partidos que têm governado este país para que olhem para os problemas dos imigrantes. A imigração é uma questão global que tem de ter uma resposta, o governo não pode deixar que a extrema-direita ataque os imigrantes que tanto ajudam este país", afirmou o presidente da associação, Timóteo Macedo.
A ação no Martim Moniz tem início marcado para as 14:00 e depois os participantes vão incluir-se na manifestação nacional de trabalhadores.
"Como acontece todos os anos, vamos depois para o fim da manifestação que desce a avenida Almirante Reis, mas o que eu sonho é que um dia possamos ir na primeira linha, porque é importante mostrar a importância dos imigrantes para o tecido laboral em Portugal", acrescentou Timóteo Macedo.
Nas últimas semanas, a Solidariedade Imigrante tem realizado manifestações em Lisboa e Porto e, para o próximo dia 16, está agendada uma ação semelhante em São Teotónio, Odemira.
"Vamos fazer uma ação pública durante a tarde, pelas 17:00, procurando sensibilizar a população e mostrar que os imigrantes estão a ser prejudicados pelas políticas do governo", explicou.
O sudoeste alentejano tem sido destino de muitos imigrantes do subcontinente indiano para trabalhar nas estufas agrícolas, alterando a demografia da região e revitalizando o tecido económico, ao mesmo tempo que respondem às grandes carências de mão-de-obra das empresas.
"Vamos mostrar que os imigrantes que cá estão só querem trabalhar, só querem os seus direitos e mostrar que este é um tema que importa" para as eleições de 18 de maio, disse ainda.
A associação tem criticado o fim das manifestações de interesse, um recurso jurídico que permitia a regularização de estrangeiros que tivessem chegado com visto de turista, mas também as recentes medidas, conhecidas como "via verde para a imigração" que vinculam o visto ao contrato de trabalho por parte das associações empresariais.
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