De acordo com dados da Bloomberg, pouco depois das 07:30 em Lisboa, o ouro, um dos ativos considerados um porto seguro em tempos de incerteza, atingiu um novo máximo histórico de 2.800,26 dólares por onça.
Ao início da manhã de hoje, o metal dourado já tinha revalidado níveis máximos, de 2.799,40 dólares, depois de os ter atingido na quinta-feira à tarde (2.798,58 dólares).
Depois de ter atingido vários máximos sucessivos, às 11:45, o metal perdeu algum fulgor e era negociado a 2.797,85 dólares, contra 2.795,71 dólares no fecho de quinta-feira.
O ouro está de volta aos máximos um dia depois de o BCE ter reduzido as taxas de juro em 25 pontos base. Na passada quarta-feira, a Reserva Federal norte-americana (Fed) manteve as taxas inalteradas.
O analista de mercado Manuel Pinto, citado pela Efe, acredita que os novos máximos do ouro são impulsionados pela queda do dólar, "dados macroeconómicos mais fracos do que o esperado e expectativas crescentes de que a Fed possa cortar as taxas de juro mais cedo".
Da mesma forma, Carsten Menke, chefe do departamento de Investigação de Nova Geração do Julius Baer, explica que o ouro está a beneficiar dos receios renovados em relação às tarifas norte-americanas e de um crescimento dos EUA mais fraco do que o previsto.
O metal precioso está a registar uma série de máximos desde 2024, devido às expectativas de novos cortes nas taxas de juro, às compras de ouro pelos bancos centrais e às tensões geopolíticas.
Antes dos máximos registados entre quinta-feira e hoje, o anterior máximo histórico do ouro foi em 31 de março de 2024, quando se situou em 2.790 dólares por onça.
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