
Desde janeiro de 2024 que a taxa de juro implícita nos créditos à habitação tem vindo a descer todos os meses. Em fevereiro deste ano ocorreu a 13ª descida desta taxa, para 3,83%, menos 15,4 pontos base face a janeiro. É a maior descida mensal desde setembro de 2009 (altura em que a taxa recuou 17 pontos base, de 2,55% para 2,375%), segundo mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira.
Em relação ao ano passado também se verificou uma descida pois, em fevereiro de 2024, a taxa estava nos 4,641%.
Contudo, no caso dos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro interrompeu a sua tendência de queda e voltou a subir, para 3,2% (estava em 3,169% em janeiro). Ainda assim, continua a ser inferior à taxa para estes contratos registada em fevereiro do ano passado (4,197%).
Para a aquisição de habitação, o destino mais relevante no conjunto deste tipo de crédito, segundo o gabinete estatístico, a taxa de juro implícita nos contratos também caiu, para os 3,806%.
O INE revela ainda que "a prestação média [mensal] fixou-se em 400 euros, representando uma subida de um euro face ao mês anterior e uma descida de três euros comparativamente a fevereiro de 2024", com os juros a representarem 55% do total da prestação. Por sua vez, o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 560 euros, atingindo 69.512 euros.