Teresa Dias, que discursava na abertura do Conselho Consultivo alargado do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), frisou que é preciso que o executivo angolano continue a trabalhar, "para que os empregos gerados sejam estáveis", contribuindo para o desenvolvimento das comunidades.

"E que criem renda para o sustento das suas famílias a fim de se evitar que um número elevado de famílias se mantenha em condições de pobreza", salientou a ministra.

O Instituto Nacional de Estatística de Angola divulgou, em janeiro, que a taxa de desemprego no terceiro trimestre de 2024 desceu para 30,8%, embora tenha crescido ligeiramente na faixa etária entre os 15 e 24 anos.

A governante angolana destacou o papel dos parceiros sociais, nomeadamente as três centrais sindicais que, em 2024, travaram com as autoridades uma luta para a melhoria das condições salariais dos trabalhadores angolanos.

Segundo Teresa Dias, a atuação destas centrais sindicais "tem-se mostrado imprescindível para uma boa harmonia social" e a via para a existência de políticas públicas voltadas para o trabalho bem acolhidas a fim de trazerem uma boa justiça social para os trabalhadores em geral.

"Neste particular, não podemos deixar de referir a longa e frutífera negociação mantida entre o executivo e as centrais sindicais ao longo do ano 2024, onde prevaleceu o bom senso das partes face às condições económicas e financeiras que o país atravessa, tendo resultado na efetivação do recente aumento salarial de 25% em toda a função pública", disse Teresa Dias.

A ministra destacou "o processo árduo", que culminou no referido aumento, em que as partes se mostraram engajadas no reconhecimento e valorização do capital humano na função pública, sendo também "uma inequívoca preocupação do executivo para com a melhoria das condições sociais dos funcionários públicos, através do aumento do poder de compra das famílias".

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