
"É isso que ele quer", insistiu o chefe do governo canadiano numa conferência de imprensa, algumas horas depois de os Estados Unidos terem imposto tarifas de 25% sobre os produtos canadianos.
Justin Trudeau sublinhou que as razões apresentadas por Trump são "falsas" e que "a desculpa do fentanil é fictícia".
Neste contexto, "não sei que negociações" o Canadá poderia encetar com os Estados Unidos, acrescentou o chefe do governo demissionário, que será substituído dentro de alguns dias.
O primeiro-ministro confirmou também a retaliação canadiana anunciada na segunda-feira à noite e que passa pela imposição de direitos aduaneiros de 25% sobre certos produtos norte-americanos, nomeadamente carne, ovos, fruta e vinho.
"Vai ser duro e vai atingir duramente o Canadá", mas o país não vai recuar, acrescentou, prometendo a vitória do Canadá face "à decisão estúpida" de Donald Trump.
Dirigindo-se aos norte-americanos, Justin Trudeau voltou a dizer que esta "guerra comercial" é apenas a vontade de Washington.
"Queremos trabalhar convosco como amigos e aliados, e também não queremos ver-vos sofrer, mas o vosso Governo escolheu infligir-vos isto", disse.
"Desde esta manhã que os mercados estão a cair e a inflação vai aumentar dramaticamente em todo o vosso país", avisou, adiantando que estava pronto para falar rapidamente com Donald Trump.
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