
Os investidores já reagiram às notícias sobre o acordo entre Whashington e Pequim relativamente às taxas alfandegárias: os futuros das ações norte-americanas, que medem à expetiva dos investidores face ao desempenho futuro do mercado de capitais, arrancaram a semana em alta, com uma subida de 850 pontos relativamente ao fecho de sexta-feira.
Os investidores respiram de alívio, o índice do mercado de fututos norte-americano, Dow Jones Industrial Average futures, subiu 850 pontos, o equivalente 2,1%, noticiou a CNBC. Uma tendência seguida pelo S&P 500, que valorizou 2,8%. Mais animado ainda arrancou o índice Nasdaq-100 futures, o mercado da chamada nova economia, com um salto de 3,8%. As bolsas europeias iniciaram a semana também em alta, a saudar as notícias do fim de semana das duas maiores potencias comerciais do mundo.
Foi durante o fim de semana na Suíça, que os EUA e a China chegaram a acordo para reduzir temporariamente as tarifas, e abrandar a tensão numa guerra comercial que tem deixado os investidores sob enorme pressão, e os mercados no vermelho. A suspensão por 90 dias da maioria dos direitos aduaneiros entram em vigor na quarta-feira.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, já veio felicitar a decisão. Veio dizer esta segunda-feira que as negociações com a China foram “muito produtivas” e que ambos os países concordaram em reduzir as tarifas “recíprocas” em 115% por 90 dias. Os direitos aduaneiros dos EUA sobre os produtos chineses baixam para 30% e os direitos aduaneiros chineses sobre as importações dos EUA para 10%.
As tensões entre a China e os Estados Unidos aumentaram depois de o Presidente Donald Trump ter imposto, no mês passado, tarifas de 145% sobre os produtos importados da China. Pequim retaliou com direitos de 125% sobre os produtos americanos.
O anúncio desta trégua trouxe alívio aos mercados financeiros, com a bolsa da Região Administrativa Especial de Hong Kong a subir mais de 3% nos minutos que se seguiram à publicação da declaração conjunta.
"Estas conversações marcam um importante 'passo em frente' e, esperamos, são um bom presságio para o futuro", afirmou no domingo a Organização Mundial do Comércio (OMC).
A guerra comercial entre Pequim e Washington abalou os mercados financeiros mundiais e alimentou os receios de inflação nos Estados Unidos e de um abrandamento económico. Esta semana, os investidores vão ter notícias sobre o impacto da guerra comercial na economia. Vai sair o índice de preços no consumidor para abril na terça-feira de manhã, e as vendas a retalho e o índice de preços no produtor na quinta-feira.