O Bank Millennium, banco polaco detido pelo BCP, reportou um lucro de 42,2 milhões de euros nos primeiros três meses do ano. Este resultado equivale a um crescimento anual de 40%, apesar, sublinha a instituição, da manutenção dos elevados custos de portfólios de hipotecas FX (em moeda estrangeira) e com algumas comissões.

Para o banco, este trimestre mostrou “uma ‘performance’ sólida do ponto de vista operacional”. A instituição destaca a quota de mercado recorde alcançada em créditos ao consumo, de 13%, com o segundo melhor trimestre neste campo. Contudo, o crescimento dos créditos em geral mantém-se “moderado” com alguns sinais de recuperação, tendo subido 2% em cadeia e 4% em termos homólogos. Já o volume de produtos de investimento cresceu 8% em comparação com o período acabado em dezembro, alcançando um total de 2,83 mil milhões de euros.

Os depósitos aumentaram 2% em relação ao trimestre anterior e 6% quando comparado com um ano antes. O rácio ‘loan to deposit’ atingiu 62%, o que demonstra uma maior liquidez, destaca o Bank Millennium. O número de clientes também evoluiu, com uma subida anual de 5% para perto de 3,2 milhões.

Ainda que os custos associados aos portfólios de hipotecas FX e comissões BFG sejam agora menores, de acordo com o banco, estes totalizaram 127,1 milhões no caso dos portfólios de hipotecas e 22,2 milhões no das comissões BFG – mais 7,78 milhões do que no ano anterior para estas últimas. O banco destaca a constante redução de risco no caso das hipotecas. À data, revela, já houve perto de 26 mil acordos com mutuários, o equivalente a 44% do número total de créditos ativos neste portfólio. O número de queixas e casos em tribunal diminuiu em relação a 2024 e o rácio de provisões de risco legal em relação à carteira ativa bruta atingiu 130%.

O ‘chairman’ do Bank Millennium, João Brás Jorge, salienta as novas soluções e produtos implementados neste período, como a conta Millennium 360 Prestige, direcionada para clientes afluentes, ou os pagamentos recorrentes BLIK na aplicação, entre outros. “Conseguimos tudo isto, ao mesmo tempo que nos concentrávamos constantemente na qualidade dos nossos serviços e nas experiências positivas dos clientes”, defende.

João Brás Jorge refere ainda que o banco entrou num novo ciclo numa posição “forte” e com o intuito de obter “crescimento dinâmico tanto em ‘corporate banking’ como na banca de retalho”. “O Bank Millennium tem a ambição de ser o principal banco para os clientes, oferecendo a mais elevada qualidade de serviços e soluções inovadoras”, conclui.