
A Seleção feminina de ténis estreou-se, esta terça-feira, com uma vitória sobre a Letónia por 3-0, na primeira jornada da poule D do Grupo I da Zona Europa/África da Billie Jean King Cup.
No primeiro encontro do dia, em Vilnius, capital da Lituânia, Matilde Jorge (277.ª do ranking WTA), impôs-se com dificuldade a Beatrise Zeltina (988.ª), por 6-4, 3-6 e 7-5, em 2.29 horas.
Com o êxito de Portugal à distância de um triunfo no segundo encontro de singulares, Francisca Jorge (253.ª), derrotou a tenista mais cotada das letãs, Darja Semenistaja (131.ª), por 6-3 e 6-4, em uma 1.27 horas .
Com a vitória de Portugal assegurada, a capitã lusa, Neuza Silva, decidiu poupar as irmãs Jorge, lançando Angelina Voloshchuk e Inês Murta, com a Letónia a também abdicar das melhores tenistas, com Diana Marcinkevica e Keisija Berzina a substituírem Zeltina e Semenistaja.
A dupla lusa impôs-se por 6-3 e 6-4, em 1.11 horas, dando um importante 3-0 a Portugal, que é 41.º do ranking da competição, nove lugares abaixo da Letónia.
Quarta-feira, a Seleção defronta a Croácia, que hoje derrotou a Áustria, por 2-1, com os dois primeiros classificados do grupo a disputarem o play-off de promoção, com o último classificado a jogar a manutenção.
«Cansada e muito feliz» foi como Neuza Silva revelou, à comunicação da federação portuguesa, que se sentia após o primeiro dia de competição em Vilnius. «Foi um primeiro dia perfeito, já não ganhávamos 3-0 há bastante tempo. Tem sido sempre bastante sofrido, o que demonstra que o nível e a qualidade das nossas jogadoras subiram. Estamos cada vez melhor, a ganhar partidas muito difíceis contra jogadoras bem rodadas, como foi o caso da Kika que derrotou uma top-150. Acabámos por levar a vitória a zeros no par», adiantou Neuza antes de elogiar a exibição de Francisca Jorge diante de Darja Semenistaja.
«A Kika foi brilhante, super disciplinada, taticamente foi perfeita a aplicar o que tínhamos planeado para este encontro. Demonstra a qualidade e o nível que tem. Acima de tudo, precisa acreditar nisso, tem que se puxar, porque tem ténis e qualidade para se bater com qualquer jogadora neste torneio».
Quanto ao desempenho de Matilde, a selecionadora contou que «O encontro foi mais intenso, contra uma júnior cujo nível nos surpreendeu. Mas a Matilde serviu muito bem durante toda a partida, que se revelou um pouco emocional. Por ser o primeiro embate e porque o ano passado não tinha sido opção no segundo singular, houve sentimentos à mistura. A verdade é que a qualidade da Matilde veio ao de cima e fechou de forma brilhante. Mesmo depois de estar a ganhar por 4-1 e da adversária ter recuperado para 4-5, a Matilde conseguiu ir buscar o seu melhor ténis.»