Treinador do Arouca realçou as boas dores de cabeça que tem para escolher uma equipa para encarar os leões
![Vasco Seabra: «Sporting? Quando acabar o jogo, têm de dizer que foi difícil jogar contra estes gajos»](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
O Arouca vai a Alvalade este sábado, pelas 20h30, visitar o Sporting em encontro a contar para a 22.ª jornada do campeonato. Numa série positiva de resultados, Vasco Seabra quer manter uma senda competitiva e o encontro com os leões não será diferente.
"Vamos tentar competir. Acreditamos muito nos nossos jogadores e sabemos que vamos ter um adversário muito difícil, fortíssimo em Alvalade. Independentemente de quem jogar, sabemos que vai ser um adversário que é muito capaz na profundidade, que tem um talento individual muito grande e, por isso, sabemos que vamos enfrentar um adversário que é o campeão nacional, o líder do campeonato e uma equipa muito difícil de defrontar", disse o técnico, realçando que os lobos têm noção que estão numa "série muito boa": "Sabemos que vamos ter de estar no nosso limite e gostamos de nos desafiar. A equipa está a crescer e nos últimos seis jogos fizemos doze pontos, nos últimos oito fizemos quinze, o que também traduz a qualidade das nossas exibições, que têm vindo a ser traduzidas em pontos. É uma oportunidade para a qual olhamos com muita vontade de nos desafiar, de competirmos e podermos levar o jogo mais para o nosso lado, que é sempre o nosso objetivo."
As sensações durante a semana foram positivas?
"Muito mais do que olharmos para o momento do Sporting, que é sempre uma coisa da qual desconfio, quando um 'grande' tem um resultado menos saboroso ou menos capaz, a vontade que tem de dar uma resposta também é muito grande. Sabemos que vamos enfrentar um adversário que vai entrar muito forte de início, de certeza absoluta, e sabemos que, tal como fizemos no último jogo, temos de entrar fortes também e competirmos. Sentimos que podemos competir por aquilo que já fazemos enquanto equipa, pelas relações que já temos e por aquilo que já sabemos que conseguimos fazer e produzir. É virados para nós, virados para sabermos que vamos ter um adversário de muita valia, mas que também somos valente e que podemos competir, jogar, tentar ter a bola, pressionar quando temos de pressionar e saber que durante os diferentes momentos do jogo vamos ter de sofrer nalguns, não há como. Mas também vamos ter momentos em que queremos fazer o Sporting sofrer, ou seja, estamos preparados para, em função daquilo que acontecer, conseguirmos lidar com isso e, obviamente, não vou escondê-lo, principalmente esta última sequência de oito jogos, onde as exibições começaram a ser mais consistentes e que também produziram resultados, porque às vezes uma coisa não condiz com a outra e tem vindo a condizer, acredito que vai ser um bom jogo e acredito que vamos poder competir contra um adversário muito forte."
É mais fácil trabalhar sobre este bom momento?
"Sim, as relações, o processo e a forma como os jogadores começam a sentir o jogo porque nós passamos uma determinada ideia e a ideia também é vinculada pelos jogadores. A ideia é adornada através deles pelas características que eles têm e a verdade é que tenho um grupo de trabalho que é muito profissional. Hoje está a ser muito complicado fazer a convocatória, temos toda a gente disponível tirando o Nino [Galovic] que tem uma lesão mais alargada. Portanto, tendo toda a gente disponível é muito difícil fazer a convocatória porque eles não treinam a 99. Eles treinam a 100. Como estão todos a treinar a 100 está difícil fazer a convocatória, o que me dá alento, cria-me dificuldades e dores de cabeça, que é uma coisa que lhes peço a toda a hora, mas obviamente que depois aproxima-nos de ter melhores resultados, por isso, o mérito é dos jogadores pela forma como se estão a aproximar dessa competitividade e a forma como querem entrar no onze e como querem ajudar a equipa. Felizmente, trabalhar sobre estes resultados ajuda a que a confiança aumente, isso é inegável, uma está vinculada à outra. Temos de valorizar o grupo que temos, o plantel que temos e a força que temos internamente enquanto grupo para lidar com o momento que foi mais difícil e que agora queremos fazê-lo perdurar e crescer. Valorizamos essa força."
Tem alguma estratégia específica para contrariar o caudal ofensivo do Sporting?
"De jogo para jogo vamos sempre ajustando algumas coisas em função das características individuais, por exemplo, se jogam com extremos de pé contrário, se jogam de pé aberto ou se os médios são jogadores que fazem mais passes progressivos ou mais passes para encaminhar pelo corredor. Em função disso, muitas das vezes, procuramos que a nossa estratégia também se adapte e procuramos criar superioridades numéricas em determinados sítios quando estamos a defender para tentarmos não permitir que essas situações possam acontecer. Este jogo tem essas características, sabemos que o Sporting é muito forte nos corredores, mas também é forte na profundidade, seja qual for o ponta de lança que joga. Tivemos esse nível de preocupação que é um nível de preocupação normal em função de qualquer adversário que podemos apanhar. Não vamos fugir àquilo que somos enquanto equipa. Por vezes queremos pressionar muito à frente, queremos recuperar muitas bolas no meio campo ofensivo, mas a qualidade do adversário acaba por empurrar-nos um pouco para baixo. Outras vezes estamos a tentar até estar num bloco mais intermédio, mas saltamos mais à frente porque o adversário permite que isso aconteça, ou seja, isto é um bocadinho o jogo do gato e do rato, mas em que aquilo que procuramos passar aos nossos jogadores é saberem estar nas diferentes zonas do campo a atacarem e a defenderem. Quando estamos nessas zonas, o que é que cada um tem de fazer e de que forma queremos anular tanto as virtudes como queremos aproveitar as fragilidade do adversário."
Preferia um adversário sem Gyökeres ou sem Hjulmand?
"Vou ser sincero: gosto sempre de jogar contra os melhores e sei que os meus jogadores sentem o mesmo. Aqueles que o Rui [Borges] sentir que são os melhores, são aqueles que queremos defrontar porque temos sempre dificuldade em aceitar, internamente e enquanto equipa técnica é o que falamos aos nossos jogadores, quando às vezes dizemos 'epá, aquele podia levar o quinto amarelo e não jogava' ou 'era melhor se tivesse uma lesãozita', porque nunca queremos que um jogador tenha uma lesão, mas só para não estar disponível nesse jogo, nós contrariamos essa mesma opinião atualmente porque se queremos crescer enquanto equipa, se queremos crescer enquanto treinadores, se queremos ser capazes de nos desafiarmos, temos de ser capazes de competir contra os melhores. Eu compreendo o lado do Rui [Borges], gosto muito dele e fico muito satisfeito por ele estar no Sporting e ter feito o trajeto que fez enquanto treinador, mas as palavras dele também são areia para os meus olhos, ou seja, duvido sempre dessas coisas todas. Sei que o Sporting vai querer muito ganhar o jogo, que quer continuar em 1.º lugar, que quer dar alegrias aos adeptos e quer forçar isso. Sabemos que vamos ter um adversário muito forte. Aquilo que estava a dizer em relação à minha equipa é porque realmente acredito neles, naquilo que estamos a fazer e tenho muito orgulho nos meus jogadores e, independentemente do que acontecer, quero é que a minha equipa compita, que ela vá para jogo, que sinta que tem uma ideia, que sinta que tem personalidade e que a assuma, obviamente tentando vencer o jogo. Não queremos ir na expectativa de vamos ver o que é que acontece. Temos de ir e encarar o jogo sabendo que é um adversário difícil, mas que nós também temos de ser difíceis. Ao acabar o jogo, independentemente do que aconteceu, os outros têm de dizer "foi mesmo difícil jogar contra estes gajos". Esse é um bocadinho o nosso papel e aquilo que procuramos."
"Vamos tentar competir. Acreditamos muito nos nossos jogadores e sabemos que vamos ter um adversário muito difícil, fortíssimo em Alvalade. Independentemente de quem jogar, sabemos que vai ser um adversário que é muito capaz na profundidade, que tem um talento individual muito grande e, por isso, sabemos que vamos enfrentar um adversário que é o campeão nacional, o líder do campeonato e uma equipa muito difícil de defrontar", disse o técnico, realçando que os lobos têm noção que estão numa "série muito boa": "Sabemos que vamos ter de estar no nosso limite e gostamos de nos desafiar. A equipa está a crescer e nos últimos seis jogos fizemos doze pontos, nos últimos oito fizemos quinze, o que também traduz a qualidade das nossas exibições, que têm vindo a ser traduzidas em pontos. É uma oportunidade para a qual olhamos com muita vontade de nos desafiar, de competirmos e podermos levar o jogo mais para o nosso lado, que é sempre o nosso objetivo."
As sensações durante a semana foram positivas?
"Muito mais do que olharmos para o momento do Sporting, que é sempre uma coisa da qual desconfio, quando um 'grande' tem um resultado menos saboroso ou menos capaz, a vontade que tem de dar uma resposta também é muito grande. Sabemos que vamos enfrentar um adversário que vai entrar muito forte de início, de certeza absoluta, e sabemos que, tal como fizemos no último jogo, temos de entrar fortes também e competirmos. Sentimos que podemos competir por aquilo que já fazemos enquanto equipa, pelas relações que já temos e por aquilo que já sabemos que conseguimos fazer e produzir. É virados para nós, virados para sabermos que vamos ter um adversário de muita valia, mas que também somos valente e que podemos competir, jogar, tentar ter a bola, pressionar quando temos de pressionar e saber que durante os diferentes momentos do jogo vamos ter de sofrer nalguns, não há como. Mas também vamos ter momentos em que queremos fazer o Sporting sofrer, ou seja, estamos preparados para, em função daquilo que acontecer, conseguirmos lidar com isso e, obviamente, não vou escondê-lo, principalmente esta última sequência de oito jogos, onde as exibições começaram a ser mais consistentes e que também produziram resultados, porque às vezes uma coisa não condiz com a outra e tem vindo a condizer, acredito que vai ser um bom jogo e acredito que vamos poder competir contra um adversário muito forte."
É mais fácil trabalhar sobre este bom momento?
"Sim, as relações, o processo e a forma como os jogadores começam a sentir o jogo porque nós passamos uma determinada ideia e a ideia também é vinculada pelos jogadores. A ideia é adornada através deles pelas características que eles têm e a verdade é que tenho um grupo de trabalho que é muito profissional. Hoje está a ser muito complicado fazer a convocatória, temos toda a gente disponível tirando o Nino [Galovic] que tem uma lesão mais alargada. Portanto, tendo toda a gente disponível é muito difícil fazer a convocatória porque eles não treinam a 99. Eles treinam a 100. Como estão todos a treinar a 100 está difícil fazer a convocatória, o que me dá alento, cria-me dificuldades e dores de cabeça, que é uma coisa que lhes peço a toda a hora, mas obviamente que depois aproxima-nos de ter melhores resultados, por isso, o mérito é dos jogadores pela forma como se estão a aproximar dessa competitividade e a forma como querem entrar no onze e como querem ajudar a equipa. Felizmente, trabalhar sobre estes resultados ajuda a que a confiança aumente, isso é inegável, uma está vinculada à outra. Temos de valorizar o grupo que temos, o plantel que temos e a força que temos internamente enquanto grupo para lidar com o momento que foi mais difícil e que agora queremos fazê-lo perdurar e crescer. Valorizamos essa força."
Tem alguma estratégia específica para contrariar o caudal ofensivo do Sporting?
"De jogo para jogo vamos sempre ajustando algumas coisas em função das características individuais, por exemplo, se jogam com extremos de pé contrário, se jogam de pé aberto ou se os médios são jogadores que fazem mais passes progressivos ou mais passes para encaminhar pelo corredor. Em função disso, muitas das vezes, procuramos que a nossa estratégia também se adapte e procuramos criar superioridades numéricas em determinados sítios quando estamos a defender para tentarmos não permitir que essas situações possam acontecer. Este jogo tem essas características, sabemos que o Sporting é muito forte nos corredores, mas também é forte na profundidade, seja qual for o ponta de lança que joga. Tivemos esse nível de preocupação que é um nível de preocupação normal em função de qualquer adversário que podemos apanhar. Não vamos fugir àquilo que somos enquanto equipa. Por vezes queremos pressionar muito à frente, queremos recuperar muitas bolas no meio campo ofensivo, mas a qualidade do adversário acaba por empurrar-nos um pouco para baixo. Outras vezes estamos a tentar até estar num bloco mais intermédio, mas saltamos mais à frente porque o adversário permite que isso aconteça, ou seja, isto é um bocadinho o jogo do gato e do rato, mas em que aquilo que procuramos passar aos nossos jogadores é saberem estar nas diferentes zonas do campo a atacarem e a defenderem. Quando estamos nessas zonas, o que é que cada um tem de fazer e de que forma queremos anular tanto as virtudes como queremos aproveitar as fragilidade do adversário."
Preferia um adversário sem Gyökeres ou sem Hjulmand?
"Vou ser sincero: gosto sempre de jogar contra os melhores e sei que os meus jogadores sentem o mesmo. Aqueles que o Rui [Borges] sentir que são os melhores, são aqueles que queremos defrontar porque temos sempre dificuldade em aceitar, internamente e enquanto equipa técnica é o que falamos aos nossos jogadores, quando às vezes dizemos 'epá, aquele podia levar o quinto amarelo e não jogava' ou 'era melhor se tivesse uma lesãozita', porque nunca queremos que um jogador tenha uma lesão, mas só para não estar disponível nesse jogo, nós contrariamos essa mesma opinião atualmente porque se queremos crescer enquanto equipa, se queremos crescer enquanto treinadores, se queremos ser capazes de nos desafiarmos, temos de ser capazes de competir contra os melhores. Eu compreendo o lado do Rui [Borges], gosto muito dele e fico muito satisfeito por ele estar no Sporting e ter feito o trajeto que fez enquanto treinador, mas as palavras dele também são areia para os meus olhos, ou seja, duvido sempre dessas coisas todas. Sei que o Sporting vai querer muito ganhar o jogo, que quer continuar em 1.º lugar, que quer dar alegrias aos adeptos e quer forçar isso. Sabemos que vamos ter um adversário muito forte. Aquilo que estava a dizer em relação à minha equipa é porque realmente acredito neles, naquilo que estamos a fazer e tenho muito orgulho nos meus jogadores e, independentemente do que acontecer, quero é que a minha equipa compita, que ela vá para jogo, que sinta que tem uma ideia, que sinta que tem personalidade e que a assuma, obviamente tentando vencer o jogo. Não queremos ir na expectativa de vamos ver o que é que acontece. Temos de ir e encarar o jogo sabendo que é um adversário difícil, mas que nós também temos de ser difíceis. Ao acabar o jogo, independentemente do que aconteceu, os outros têm de dizer "foi mesmo difícil jogar contra estes gajos". Esse é um bocadinho o nosso papel e aquilo que procuramos."