
O recurso que Frederico Varandas intercedeu após ter sido suspenso por quase dois meses - 51 dias, em concreto - pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) já deu entrada no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), confirmando o que Record noticiara.
Anexado ao referido recurso, que tem como demandada a FPF, o presidente do Sporting anexou uma providência cautelar, o que, devido ao seu teor suspensivo, significa que poderá cumprir as suas funções na plenitude enquanto o painel de árbitros do TAD não se pronunciar. Nesse sentido, e na certeza de que não haverá decisão, pelo menos, até à receção do Sporting ao Moreirense, na sexta-feira, o líder poderá estar na tribuna de Alvalade - em sentido contrário, Varandas não esteve nesse mesmo setor do Estádio São Miguel, na vitória do Sporting diante do Santa Clara, precisamente devido ao castigo do que foi alvo e porque, no dia do jogo, na último sábado, o recurso ainda não tinha sido rececionado pelo TAD.
Na base da sanção do Conselho de Disciplina, divulgada em acórdão datado do passado dia 3, esteve uma participação do APAF contra o presidente dos verdes e brancos devido a declarações proferidas pelo mesmo em relação à arbitragem numa entrevista à Sporting TV. Na altura, Varandas criticou os critérios adotados pelos árbitros no campeonato, referindo que Tiago Martins atuou "condicionado" depois de ter sido visado pelo FC Porto, na sequência do jogo com o Famalicão (1-1), a 7 de dezembro. "Dou o exemplo do Tiago Martins no Famalicão-FC Porto, teve uma decisão onde anulou um golo ao FC Porto e marcou um penálti para o Famalicão. Foi uma decisão correta do Tiago Martins! O FC Porto perdeu pontos e depois vimos uma comunicação 'old school' que já vimos várias vezes e foi pedida uma reunião ao CA. Houve muito ruído e tudo a bater no Tiago Martins. Depois, ele voltou a apitar o Nacional-FC Porto e há uma entrada para cartão vermelho e o mesmo Tiago Martins mostra cartão amarelo. O VAR chamou-o e o Tiago Martins manteve esse amarelo. Não tenho dúvidas que tomou a decisão por ter sido condicionado.", atirou.
Além dos ditos 51 dias de castigo - originalmente fixados em 68, mas reduzidos devido a "bom comportamento" -, Varandas foi ainda punido com uma multa de 8.568 euros. Tem agora a palavra o TAD.