Após despromoções consecutivas, a Sampdoria desceu à Série C, terceiro escalão do futebol italiano. No primeiro treino depois do jogo frente à Juve Stabia, foi necessária presença policial na academia do clube, devido ao clima tenso que se vive em Génova.

Três dias depois do jogo que ditou o destino da equipa, os adeptos decidiram protestar à porta do centro de treinos, dirigindo protestos e cânticos ofensivos ao plantel e à direção, considerados os principais autores da época desastrosa da Samp.

De acordo com imagens e notícias da imprensa italiana, no final do treino cerca de 100 tiffosi invadiram o relvado e exigiram também as camisolas dos jogadores, por considerarem que não lhes pertencem e não serem «dignos» de usá-la.

Depois do incidente, o Clube Fedelissimi 1961, fundado por adeptos da Sampdoria, lançou um comunicado nas redes sociais: «Após a pior época da nossa história, os pedidos de desculpa escritos já não são suficientes, estamos fartos de palavras e promessas. Os inúmeros erros cometidos por esta direção estão à vista de todos e, infelizmente, não é preciso listá-los. Manfredi [presidente] e companhia mostraram-se totalmente inadequados. Exigimos que à frente da sociedade estejam profissionais competentes e não pessoas sem a experiência necessária, colocadas lá por acaso.»

«Com este comunicado, informamos que, no que nos diz respeito, doravante terá início um protesto duro e merecido contra a atual direção, até que haja uma mudança nos vértices da sociedade, esperando o regresso de sampdorianos ao leme. O nosso agradecimento vai, ao invés, para Andrea Mancini, Chicco Evani, Attilio Lombardo e toda a equipa técnica, que, apesar de mil dificuldades, tentaram manter de pé um barco já afundado. Reconhecemos-lhes a dignidade de terem dado a cara e de terem lutado até ao fim», acrescentaram.

Em jeito de conclusão, deixaram uma mensagem aos jogadores: «Por fim, uma menção especial para aqueles jogadores sem tomates, que esperamos não mais ver aqui em Génova.»