Após 45 minutos consistentes e de superioridade por parte do Académico, a expulsão de Diogo Almeida condicionou as aspirações dos viriatos, que tiveram de sofrer para travar a ambiciosa missão - assaltar o pódio da II Liga - do FC Alverca. Apesar do sufoco visitante durante o segundo tempo, a solidez defensiva da formação viseense foi suficiente para evitar a derrota e aguentar um sofrido empate (2-2), em jogo a contar para a 21.ª jornada do campeonato.

Os alverquenses entraram na partida com responsabilidade acrescida, uma vez que os rivais diretos pela subida - CD Tondela e FC Penafiel, sendo que a equipa B do Benfica está impossibilitada de alcançar esse feito - escorregaram e perderam pontos esta jornada. Ainda assim, o Académico entrou melhor, mostrou-se mortífero na conversão de bolas paradas e colocou-se cedo na liderança.

Na sequência de um pontapé de canto, e após um corte incompleto do guardião João Bravim, Nikos Michelis (10') antecipou-se ao adversário e colocou o esférico no fundo das redes. A vantagem dos homens da casa fazia jus à forte entrada dos caseiros e às dificuldades sentidas pelo Alverca na fase de construção, mas a igualdade não tardou em surgir - Brenner Lucas (19') desmarcou-se pela direita e bateu Bruno Brígido com um remate que entrou pelo buraco da agulha! Um tiro fantástico, face ao ângulo extremamente apertado, mas o extremo não se fez de rogado.

Apesar do ligeiro crescimento dos ribatejanos no duelo, os viriatos continuaram a pressionar alto e colocaram-se novamente na liderança do embate. Aos 26 minutos, o capitão André Almeida antecipou-se, nas alturas, a João Bravim e anotou o 2-1 de cabeça. Tudo parecia correr bem a favor do Académico, mas um volte-face assombrou as aspirações dos pupilos de Sérgio Vieira. Perto da ida para os balneários, Diogo Almeida foi admoestado com o segundo cartão amarelo e deixou a turma de Viseu reduzida a dez unidades.

Uma parte de sentido único

Os primeiros minutos do segundo tempo foram marcados por um sufoco pouco criterioso por parte do conjunto de Alverca do Ribatejo. Face à vantagem numérica dentro das quatro linhas, a formação forasteira dominou por completo o ritmo de jogo, com passes curtos e consistentes, mas foi incapaz de ferir a baliza contrária, muito devido à falta de imaginação no ataque ao último terço.

O encontro foi pautado por diversos e acesos duelos entre jogadores dos dois conjuntos @Catarina Morais / Kapta +

As mazelas deixadas pela insistência visitante eram cada vez mais claras e, como água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, o golo da igualdade surgiu à passagem do minuto 67.

Anthony Carter amortizou o esférico e deixou, com um passe curto, para Eduardo Ageu, que encheu o pé e anotou o segundo golo do FC Alverca à lei da bomba. Um autêntico míssil, direcionado às redes defendidas por Bruno Brígido, que nada pôde fazer para evitar esse desfecho.

O tento deu alento aos comandados de Vasco Botelho da Costa, que lutaram ferozmente pelos três pontos. No entanto, os ribatejanos foram incapazes de transformar o controlo de bola em vantagem, face à falta de argumentos nas ocasiões de perigo no último terço. Saliente-se, também, a coesão defensiva do Académico, que foi essencial para a formação de Viseu resgatar um ponto esta tarde.