"Um dia horrível". É assim que Sérgio Conceição descreve este domingo como treinador do AC Milan. Para lá da derrota diante do Nápoles, o técnico português viveu uma jornada repleta de peripécias, que começou bem cedo, com uma chamada pouco desejada, por conta da operação de urgência a Loftus-Cheek.

"Desde que cá cheguei, há quase três meses, nunca procurei desculpas por causa da falta de tempo para treinar, mas hoje aconteceu-nos de tudo. Acordei com uma chamada do médico às 7:30, a dizer-me que o Loftus-Cheek estava doente. Falámos com os jogadores depois das 12:30, porque o Malick Thiaw também não podia jogar, pois estava a vomitar. Pouco depois, o Rafael Leão sentiu uma dor no gémeo. Já estava a contar jogar sem ele, a ausência não se devia a isso. Ele chegou tarde da seleção, depois de fazer dois jogos, tal como o Santi Giménez. Tive de ter isso em conta", detalhou o técnico, à DAZN.

"Preparámos o jogo de uma forma e tivemos de mudar muito. Dito isto, não podíamos ter feito muito mais na primeira parte. Sofremos um golo no primeiro minuto, os primeiros 20 não foram como tínhamos planeado. Estas pequenas coisas continuam a acontecer-nos. Não quero falar em azar, mas tivemos mesmo um dia horrível. Pelo menos tivemos uma reação positiva na segunda parte. Criámos imensas chances de golo e sinto que merecíamos o empate".

O técnico português falou ainda da situação do penálti falhado por Santiago Giménez, depois de uma cena prévia na qual Christian Pulisic e Rafael Leão, dois habituais batedores, decidiram dar a bola ao mexicano. "Há três jogadores na lista. Treinam regularmente. Mas eu fui jogador e sei que às vezes a decisão tem de ser tomada no campo. Acho que o Pulisic queria dar confiança ao colega de equipa, pois ele não marca há algumas semanas. Por isso, nessa altura não me quis envolver. Acho que é um bom sinal de trabalho de equipa que eles tenham decidido assim. E, mesmo assim, continuo a achar que podíamos ter conseguido um ponto tendo em conta as chances que criámos".