Ogier, que tinha sofrido um ligeiro despiste na quinta-feira, terminou a prova monegasca com o tempo de 3:19.06,1 horas, deixando na segunda posição o britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris), a 18,5 segundos, e o francês Adrien Fourmaux (Hyundai i20) em terceiro, a 26.
"Este fim de semana tive comigo a minha estrelinha da sorte. Esta é dedicada a ele", sublinhou Sébastien Ogier, que já foi oito vezes campeão mundial, referindo-se a um tio que faleceu há um ano, pouco antes desta prova.
Com esta vitória, o gaulês soma 10 triunfos neste rali e torna-se no piloto que mais vezes ganhou uma mesma prova na história do WRC.
"Ainda não sei o que isto significa, mas, para mim, significa um mundo", dizia, emocionado, mal terminou a 'power stage', a especial final, que também venceu, garantindo cinco pontos extra para o campeonato. O piloto francês diz não saber se é o seu último rali "mas seria um bom sítio para parar", concluiu, ele que volta a estar a tempo parcial no Mundial.
Nesta última especial, o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris) bateu o estónio Ott Tänak (Hyundai i20) por cerca de oito segundos e recuperou o quarto lugar, no evento que marca o regresso a tempo inteiro ao campeonato, após um ano a tempo parcial para descansar dos dois mundiais conquistados em 2022 e 2023.
"Foi um fim de semana desapontante, não esperava este resultado nem era este o ritmo que queríamos. Pelo menos conseguimos alguns pontos. Vamos ver se na Suécia nos conseguimos lembrar de como se guia um carro de ralis", rematou Rovanperä, que foi o segundo mais rápido este domingo e conseguiu, por isso, quatro pontos extra no campeonato.
O finlandês fechou o dia de hoje a 1,1 segundos de Elfyn Evans, o mais rápido de domingo, que levou os cinco pontos extra, enquanto Ogier foi o terceiro, a 1,8 do companheiro de equipa.
Pouco satisfeito estava, também, Tänak.
"Tentámos mas ficámos sem nada. Pelo menos vamos ter uma boa posição na estrada na Suécia", frisou o estónio, campeão mundial em 2019.
Pior sorte teve o campeão em título, o belga Thierry Neuville (Hyundai i20), vítima de duas saídas de estrada na mesma curva na sexta-feira. O belga conseguiu recuperar até à sexta posição final, mas terminou a 5.44,2 minutos do vencedor.
Com estes resultados, Ogier sai de Monte Carlo na liderança do campeonato, com 33 pontos (25 pela vitória na prova, mais cinco por ter sido o mais rápido na 'power stage' e outros três por ter sido o terceiro no super-domingo), contra os 26 de Evans e os 20 de Fourmaux.
Thierry Neuville, que defende, pela primeira vez, o título de pilotos, é o sexto, com apenas nove pontos somados, metade dos que tem Rovanperä, que é quarto.
No Mundial de Construtores, a Toyota lidera, com 60 pontos, mais 24 do que a Hyundai.
A próxima ronda é o Rali da Suécia, segunda das 14 provas previstas este ano, de 13 a 16 de fevereiro.