O treinador do Vitória de Guimarães, Rui Borges, rejeitou esta segunda-feira comentar a possibilidade de rumar ao comando da equipa do Sporting, reiterando que tem contrato até 2026, sem esconder a ambição para o futuro.

"A minha cabeça está no Vitória. Tenho contrato com o Vitória até 2026. Não se passa mais nada do que isso. Não acontece nem aconteceu nada, e os jogadores, bem como o clube, não merecem isso. Foco-me no trabalho. As notícias são fruto do trabalho. As coisas acontecem quando têm de acontecer. Estou feliz aqui e tenho contrato com o Vitória", declarou após o final do encontro com o Nacional da Madeira.

O que quer que venha a acontecer tem de passar pelo Vitória"

Apesar de se ver “a chegar ao mais alto patamar”, em conjunto com a sua equipa técnica, recusou, na segunda-feira, comentar as notícias que o dão como certo nos leões, após o empate (2-2) da sua equipa, em Guimarães, contra o Nacional da Madeira.

Os três jornais desportivos noticiaram, no mesmo dia, que Rui Borges é o homem escolhido para suceder a João Pereira que apenas venceu três vitórias em oito jogos.

“Vejo-me a chegar ao mais alto patamar, como é lógico. Há sete anos, estava a jogar o Minas de Argozelo-Mirandela, no Campeonato de Portugal, e agora [joguei] com a Fiorentina [na Liga Conferência]. Acreditamos muito, eu e a minha equipa técnica, que tem mérito enorme. O nosso trajeto fala por nós. (...) Quando as coisas tiverem de acontecer, acontecem”, declarou ainda.

"Não percebi o timing desta notícia"

Quanto ao empate ante os madeirenses, Borges considerou o resultado, ainda para mais com o 2-2 sofrido nos descontos, "um bocado inglório para os jogadores".

"Só nos podemos queixar de nós próprios. [Estou] Orgulhoso do que foram fazendo ao longo do jogo. Aquela maturidade faltou-nos um pouco, mas faz parte do crescimento da nossa equipa, e é seguir sem desconfiar", analisou.

Aos 43 anos, o treinador natural de Mirandela treina o Vitória, a que chegou no último verão proveniente do Moreirense, depois de ter começado no clube da terra, em que acabou a carreira de jogador, em 2017/18.

Seguiram-se experiências no Académico de Viseu, na Académica, Nacional, Vilafranquense e Mafra, antes de voltar ao Minho, primeiro para Moreira de Cónegos e, agora, para um Vitória que tem no sexto lugar na I Liga e ainda invicto, em 12 jogos, na Liga Conferência, estando apurado para os oitavos de final.

Antes de iniciar a carreira como técnico, representou, como jogador, emblemas como o Moreirense, o Famalicão, o Bragança, o Trofense e o União de Paredes, passando ainda pela equipa B do Sporting de Braga e pelo Freamunde.