
Rui Borges, treinador do Sporting, destacou o total domínio dos verdes e brancos após a vitória (3-0) em casa do Estrela da Amadora, numa partida em que a equipa da casa teve dois jogadores expulsos.
«Controlámos do princípio ao fim. O Estrela teve um ou dois lances de bola parada, lançamentos... O que falei na antevisão, foi o que aconteceu. Um Estrela muito forte em duelos e nós conseguimos trazer, com os adeptos, o ambiente para o nosso lado. E isso sentiu-se em alguns momentos na frustração dos jogadores do Estrela. Entrámos bem, a partir dos 20 minutos o Estrela conseguiu adormecer o jogo e entrámos nesse ritmo lento, depois com a expulsão ainda mais... Começámos a prender a bola, pouca largura, velocidade», disse primeiro.
«Ao intervalo, tentámos retificar isso. Precisávamos de gente na largura por causa do um para um e foi isso que tentámos fazer, ao puxar o Quenda para uma posição que tem feito desde o início da época. O Geny também nos dá essa capacidade. Foi um bocadinho por aí. Depois do 1-0 desbloqueámos, acho que podíamos ter feito mais cedo o 2-0. Comandámos do início ao fim, foi um jogo simples de analisar.»
Para o triunfo do Sporting muito contribuiu Viktor Gyokeres, que, com dois penáltis na Reboleira, atingiu os 30 golos no campeonato. E Rui Borges agradece...
«Já há algum tempo que tem vindo a crescer e a voltar ao Viktor normal em termos físicos. Faz claramente a diferença numa equipa como a nossa, vivemos muito do que a malta da frente nos dá. Hoje, jogámos com o Zeno e o Edu, são dois médios que não nos vão dar muito na criação e precisamos muito deles e vivemos muito do que nos dá a malta mais irreverente. O Viktor é o normal dele, é extraordinário. É aproveitar e poder desfrutar dele diariamente, não só aqui, no jogo, mas diariamente. A treinar é exatamente a mesma coisa, competitivo, ambicioso e transporta isso para a equipa. É um jogador muito importante e não fugimos a isso», atirou o treinador do líder da Liga.
Rui Borges não escondeu ainda que ficou agradado com a atitude competitiva da equipa na Amadora.
«Com todos os contratempos, jogadores castigados, lesionados, agarramo-nos sempre à atitude... Se estiver lá, vamos ganhar. E a atitude competitiva tem aumentado, já digo isso há uns jogos. A energia é diferente, a ambição. Vejo o Debast, que era um central com dificuldades nos duelos, a crescer e ganhar essas capacidades. Era algo que lhe faltava e agora está a conseguir ter esses atributos. E vai melhorar, vai-se capacitando de outras armas que lhe faltavam. A equipa está focada, o grupo é uma família enorme. Foi importante a pausa para outros jogadores. Acima de tudo, é a dinâmica diária do Sporting, dos jogadores e de toda a estrutura. Desde os roupeiros, as pessoas que limpam, da alimentação, todos têm sido importantes», finalizou.