Foi com um empate muito suado com o Bolonha (1-1) que o Sporting garantiu o apuramento para o play-off da UEFA Champions League, um encontro onde a questão física foi preponderante para a equipa de Rui Borges. 

«Estávamos à espera deste tipo de jogo. A preocupação era mais a nível físico, se estaríamos no nosso melhor e se íamos igualar a intensidade do adversário. O Bolonha é uma equipa muito intensa, que pressiona no campo todo e não tinha nada a perder,  era essa a dificuldades que íamos sentir. Claramente não temos os nossos jogadores a 100% e isso sente-se em muitos deles. Tivemos a infelicidade de sofrermos numa bola parada, com um ressalto. De resto, fomos bastante competentes, não fugimos do jogo, faltou-nos provocar mais espaço nas costas do Bolonha na 1.ª parte, aí se sente que não estamos a 100% e não fomos muito agressivos no último terço», disse na flash-interview da Sport TV.  

O técnico abordou depois os desafios táticos que os leões enfrentaram: «Nós estávamos a conseguir bater a pressão do Bolonha, só não conseguíamos sair no último espaço e precisávamos de essa agressividade no último terço. Nalguns momentos, a malta da frente estava um pouco mais pausada. Ao intervalo pedi para atacarem mais esse espaço, até com bolas mais longas e na 2.ª parte atacámos mais e fomos mais pressionantes.» 

O treinador teve depois muitos elogios para João Simões e Quenda, dois jovens que entraram no decorrer da 2.ª parte e que combinaram na joga do golo de Conrad Harder: «A malta que entrou, entrou muito bem. O João Simões e o Quenda eram miúdos para isso. Guardámos o Quenda para 30, 35 minutos bons, porque está em fadiga, mas é um jogador muito dinâmico. O João já tem um peso enorme, uma maturidade muito acima da média. Percebe o jogo, não se esconde, assume o risco. Tem um futuro muito risonho, é um jogador comprometido, com uma ligação com o Sporting, isso sente-se em campo e é bom a equipa sentir essa paixão em campo.»  

Por fim, Borges disse não ter preferência na escolha do adversário do play-off (será a Atalanta ou o Borussia Dortmund), assumindo apenas estar «feliz por passar». «É o concretizar de um objetivo coletivo, agora é desfrutar do momento, sem grande pressão acima de tudo, e sermos felizes e sermos Sporting.»