
Não há inferno que assuste estes red devils! No sempre díficil San Mamés, com uma atmosfera extremamente sufocante, o Manchester United de Rúben Amorim, que teve Bruno Fernandes em destaque, venceu o Athletic Bilbao por 0-3, conquistando uma bela vantagem nesta primeira mão das meias-finas da Liga Europa!
Perante 50 mil pessoas presentes, que criaram, assim, um ambiente pesado, a turma inglesa teve, nos primeiros cinco minutos, muita dificuldade em encontrar espaços no campo. A verdade é que, mesmo perante desconforto, os forasteiros foram os primeiros a introduzir a bola nas redes, com Garnacho a ser apanhado em fora-de-jogo.
O sufoco inicial, absolutamente estratégico da parte dos bascos, fez com que a formação de Rúben Amorim fosse mais errática na saída de bola, apesar de continuarem a ser donos da posse. A partida parecia, claramente, querer assumir um caminho e acabou por, de forma totalmente surpreendente, assumir outro.

Com os de Bilbao por cima, o Manchester United soube aguentar a pressão e conseguiu mesmo adiantar-se no marcador. Maguire, na sobra de bola de um livre batido por Bruno Fernandes, completa três belos dribles e centra para a área. Manuel Ugarte aparece para pentear e Casemiro completou ao segundo poste.
Bem, o cenário que já parecia favorável... ficou absolutamente pintado de dourado! Aos 37 minutos, na conversão de um penálti conquistado por Hojlund, que até expulsou Dani Vivian (decisão duvidosa), Bruno Fernandes dilatou a vantagem.
Momentos antes do intervalo, o internacional português voltaria a marcar, aproveitando um passe de calcanhar, recheado de classe, diga-se, por parte de Manuel Ugarte. Os adeptos da casa, ao intervalo, apresentavam expressão de incredulidade.
Gestão de danos
No regresso das cabines, a partida abandonou aquele ritmo frenético descrito anteriormente. O Manchester United, aparentemente com o jogo no bolso, voltou a guardar a posse de bola e amornou as emoções dos espanhóis.
Do outro lado, o Athletic Bilbao procurou, incessantemente, o golo que poderia devolver a esperança de reabrir a eliminatória. Apesar de algumas incursões interessantes, a agitação promovida pelos irmãos Williams não foi suficiente para assustar quem quer que fosse.
Ao ver que, neste jogo, a sua equipa não apresentava forças para discutir o mesmo, Ernesto Valverde não foi em modas e começou, a pouco e pouco, a retirar os jogadores nucleares. Nico e Iñaki, por exemplo, acabaram mesmo substituídos.
Rúben Amorim, em sentido inverso, continuou a colocar jogadores de características ofensivas, querendo aproveitar o desânimo basco. Tal não foi possível e o marcador não voltou a mexer. As oportunidades foram poucas e, por isso, valeu a primeira parte de loucos!
*por Vítor Hugo Monteiro