
No Estádio de São Miguel, o Santa Clara levou a melhor diante do Nacional (1-0), num encontro a contar para a 27.ª jornada da Liga Portugal Betclic. Uma finalização certeira foi suficiente para ditar o desfecho final, numa tarde onde os guarda-redes das duas equipas protagonizaram excelentes exibições.
Ambas as turmas partiram para este compromisso com os índices anímicos elevados, fruto dos bons resultados obtidos na jornada anterior. Porém, a acrescida confiança foi mais notória no emblema dos Açores, que foram sempre mais ameaçadores ao longo dos 90 minutos.
Marcar cedo e cedo erguer
Com o retorno de Zé Vitor, depois de um jogo de suspensão, Tiago Margarido acabou por promover uma única mudança no onze, comparativamente com a vitória categórica frente ao Casa Pia AC. No 4-3-3, Djibril Soumaré foi o elemento escolhido para fazer a ligação entre o eixo defensivo e os jogadores mais adiantados, ocupando a posição mais recuada no triângulo do miolo. Já o trio Paulinho Bóia-Dudu-Isaac Tomich ficou responsável por mexer na contagem, através da verticalidade concedida pelos respetivos intervenientes.

A equipa da casa também não sofreu mudanças drásticas no que toca à estrutura, com João Costa e Ricardinho a procurarem criar desequilíbrios pelos corredores. Gabriel Silva foi remetido a uma zona mais frontal, fruto da opção de Vasco Matos em colocar Vinícius Lopes no banco de suplentes. As alterações conduzidas pelo treinador de 44 anos acabaram por surtir efeito, logo numa fase inicial do encontro.
Através de uma entrada forte e destemida no compromisso, a turma pintada de vermelho abriu a contagem em cima do minuto 3. Matheus Pereira, pela esquerda, desferiu um cruzamento bastante tenso, que levou a que o esférico, com alguma sorte à mistura, ficasse à mercê de João Costa. O camisola '17' encheu o pé e, com um bonito volley, viu a bola sobrevoar Lucas França, que acabou por dormir no fundo das redes. O ligeiro desvio em Zé Vitor foi suficiente para trair o guardião brasileiro.
Depois de um período marcado pela escassez de oportunidades flagrantes, Ricardinho esteve perto de aumentar os níveis de tranquilidade do seu conjunto. No entanto, França foi quem sorriu no respetivo lance, travando a finalização do '10' com uma enorme mancha. O vento forte que se fazia sentir em Ponta Delgada acabou por auxiliar os forasteiros, na busca pelo tento da igualdade. Daniel Penha, através de bolas paradas, procurou surpreender Gabriel Batista, utilizando as condições meteorológicas a seu favor. Porém, o camisola '1' mostrou os seus enormes reflexos entre os postes.
Correria desenfreada na escassez de esclarecimento
O descanso fez bem aos bravos açorianos, que entraram para a segunda parte com as baterias recarregadas. Ricardinho, um dos jogadores mais esclarecidos, voltou a ficar muito perto do merecido tento, mas o guardião da formação madeirense voltou a apresentar-se em grande plano, defendendo o remate cruzado com o pé direito.

A restante segunda metade ficou ligada por múltiplas paragens, com vários atletas a passarem por dificuldades físicas no terreno de jogo. A entrada de Vinícius Lopes veio trazer maior vertiginosidade ao jogo, com a sua enorme capacidade de aceleração a fazer-se sentir. Foi através do virtuosismo ofensivo do matador que Gabriel Silva empurrou a bola para dentro da baliza, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo no início da jogada.
Djibril Soumaré ainda viu a segunda cartolina amarela antes do apito final e consequente ordem de expulsão. Com este resultado, o Santa Clara passou a somar 46 pontos, ocupando o quinto lugar do campeonato nacional, enquanto o Nacional, com 29 pontos somados, está na 11.ª posição da tabela classificativa.