A Federação Francesa de Futebol (FFF) apresentou um projeto que visa alterar o atual modelo de governança da modalidade no país, cuja principal medida passa por extinguir a Liga (Ligue 1), criando, assim, uma empresa da qual os clubes serão acionistas - uma «sociedade de clubes».

Este «ambicioso plano» foi revelado por Philippe Diallo, presidente do organismo, e as principais medidas procuram «modernizar» o modelo francês, aproximando-o do inglês. O dirigente fala sobre uma «Premier League à francesa».

A proposta foi apresentada numa conferência de imprensa, na qual também esteve presente a ministra do Desporto, Maria Barsacq, e Philippe Diallo apelou a um maior controlo da modalidade por parte da federação gaulesa, procurando responder à «atual crise grave e estrutural» que a liga enfrenta.

Esta reforma da organização do futebol profissional passaria por extinguir o atual modelo da Ligue 1 e substituir a mesma por uma empresa, na qual a FFF seria acionista e teria poder de veto em determinados assuntos.

Outra das medidas passa por colocar jogadores, treinadores e árbitros como representantes de um Conselho de Supervisão. Philippe Diallo procura ainda dar resposta à disparidade entre o PSG e as outras equipas que disputam a modalidade no país, através da implementação de um novo mecanismo de fair play financeiro.

A medida foi, de resto, recebida com agrado pelos senadores Laurent Lafon e Michel Savin. Caso este novo projeto seja adotado, prevê-se que entre em vigor a partir da época 2026/27.