Ao minuto 15 do jogo deste domingo entre o Espanyol e o Barcelona, para a Liga Espanhola feminina de futebol, a jogadora Mapi Léon, do Barcelona, encostou a mão na zona genital da adversária - Daniela Caracas, do Espanyol - e ter-lhe-á perguntado se tinha pénis.

Numa nota publicada no site oficial do clube, o Espanyol condenou o gesto e disponibilizou-se para agir judicialmente, caso a jogadora queira prosseguir com uma denúncia formal.

O clube classifica ainda a atitude de Mapi Léon de "inaceitável" e considera que o gesto "viola a intimidade" de Caracas. Lamenta ainda as reações ao acontecimento nas redes sociais, onde a jogadora do Espanyol tem sido alvo de insultos.

Jogadora do Barcelona nega acusações

Perante as acusações, Mapi Léon reagiu e, em comunicado, negou os acontecimentos.

"Em momento algum violei ou tive intenção de violar a intimidade da minha companheira de profissão Daniela Caracas. Aquilo que as imagens mostram é um lance no qual ela choca propositadamente contra mim e, em resposta ao referido encontrão, perguntei-lhe 'o que se passa?'... Não há qualquer toque na zona íntima, muito menos intenção disso. Nunca me passaria pela cabeça fazer isso, que vai contra os meus princípios. Insisto: é um simples lance de jogo que não merece a difusão nem a importância que está a ter", afirma a jogadora, numa nota emitida pelo Barcelona.


A diretora de futebol do Espanyol, Dolors Ribalta, defende, contudo, que a situação é clara.

"Somos muito claros sobre o que aconteceu. O pior cego é aquele que não quer ver. A Daniela está em choque e o que o clube fez desde o primeiro momento foi protegê-la. Com o passar das horas, ela apercebeu-se da gravidade do assunto. É uma situação inaceitável"

Dolors Ribalta acrescenta que confia na palavra de Daniela Caracas.

A Real Federação Espanhola de Futebol diz não ter recebido ainda qualquer denúncia a propósito do caso.