Martín Anselmi reagiu ao regresso do FC Porto aos triunfos esta sexta-feira, no Dragão, ante o Moreirense (3-1), em conferência de imprensa após o jogo da 32.ª jornada da Liga.

Foi a primeira vez que o FC Porto marcou três golos desde dezembro. Houve melhorias no ataque?

«Hoje tivemos paciência. Gostamos de controlar com posse, para ter mais e melhores vantagens e ter mais probabilidade para marcar. A equipa soube ser paciente e esperar o momento para atacar. Claro que depois do segundo golo houve mais espaço. Três golos não quer dizer que houve melhorias na fase ofensiva, houve jogos em que podíamos ter marcado mais. Gosto é de ver a equipa com esse caráter e paciência para encontrar as vantagens e chegar ao golo.»

Acha que até ao final da época vai conseguir afastar os assobios à equipa?

«Acho que não tem muito a ver... Por mais que ganhemos os dois jogos que faltem, não foi boa época. A época foi má porque o FC Porto luta para estar lá em cima. Como não foi possível, tentaremos ganhar os dois jogos que faltam para acabar de boa forma numa época que não foi boa.»

Concorda com a frase exibida pelos adeptos («Rigor, competência, ambição e paixão: falhou tudo menos os adeptos»)?

«Acho que posso falar do que nos compete a nós. Desde esse aspeto não foi boa época. O resultado [da época], a equipa não esteve à altura do FC Porto. A partir daí se isso é falhar, acho que sim. Mas do que me posso responsabilizar é do que nos diz respeito a nós.»

Pepê não marca ou assiste desde meados de dezembro do ano passado. O que oferece o brasileiro à equipa?

«Corre muito! Não marca, não assiste, mas trabalha. E isso não o destacam. Mas os registos dele, e o que faz defensivamente, sem discutir a qualidade como jogador... Se trabalhar para a equipa, sei que o resto vai chegar. Estou contente com a entrega dele. Não é para isso que ele está cá, mas fá-lo.»

O que correu mal na jogada rápida do Moreirense que terminou em golo?

«Foi na única pressão em que nos faltou um jogador, saíram rápido. O Fábio fica com dois, quer ir a um e apercebe-se que tem outro. Numa inferioridade, num segundo. Não te podes distrair, podes pagar caro. Mas houve não sei quantas mais saídas em que roubámos todas as bolas. Pagámos muito caro num jogo que estava controlado até aí.»

Como vê o regresso de Samu aos golos?

«Não vou discutir a qualidade do Samu, nem que os avançados precisam de golo para se sentir bem, mas digo o mesmo. Também quero ficar com a forma como se entregou hoje... Em cada sequência saltou, pressionou, insistiu, quase rouba a bola numa pressão na segunda parte. Esse trabalho tem uma recompensa que são os golos.»