
Num jogo épico e muito importante nas contas da manutenção, a Oliveirense virou um jogo que esteve a perder por 2-0, venceu por 2-3, com o tento da vitória a ser apontado na ponta final, e deixou o último lugar da classificação da Segunda Liga. Há vida para a ponta final do campeonato.
A chuva fazia-se sentir em Portimão, onde duas equipas na luta pela manutenção se encontravam. Apesar disso, ambos os conjuntos procuraram jogar positivo e ter bola, contrariando a água em excesso no relvado e essa «fama» de últimos classificados. A Oliveirense foi tendo mais bola e mostrou-se ativa nas alas, onde Mesaque Djú se ia destacando, incluindo duas grandes oportunidades (uma travada por Vinícius Silvestre, outra pela barra).
Do outro lado, por sua vez, o Portimonense demorou, mas acabou por começar a carburar através dos seus dois extremos, que iam mexendo com a equipa e com o jogo. Aos 15', Camilo Durán cruzou com conta, peso e medida na direita e, ao segundo poste, surgiu Danio Djassi - o melhor da 1ª parte - a encostar de cabeça para 1-0. O golo não deitou a baixo a Oliveirense, mas deixou-a ligeiramente mais previsível, insistindo cada vez mais em cruzamentos - com exceção dos momentos de Djú.

Mais eficaz na 1ª parte, o Portimonense continuou igual no arranque da 2ª e, aos 48', voltava a celebrar, depois de Tamble ter servido Durán no coração da área e este ter feito o 2-0. O Portimonense parecia no controlo claro do jogo, mas, apenas sete minutos depois, o lateral Diogo Casimiro aproveitou uma bola perdida fora da área, encheu o pé, fez o 2-1 e deu nova vida aos forasteiros. A partir daqui, com claro cansaço e menor discernimento, o Portimonense foi ficando mais previsível e isso fez a Oliveirense acreditar que podia retirar algo deste jogo.
O empate acabou, por isso, por chegar aos 66', por um belo cabeceamento de Bruno Silva, após grande cruzamento de Mesaque Djú na direita. O jogo estava relançado e os de Oliveira de Azeméis continuaram a colocar o pé no acelerador, aproveitando o claro desconforto do Portimonense para, aos 86', na sequência de um canto, confirmarem a reviravolta épica, na cabeça do central Mário Júnior.
Na ponta final, o Portimonense ainda tentou o jogo direto para a área adversária, mas a Oliveirense soube defender-se, com uma linha de cinco defesas, e aguentou a vitória por 2-3 e três importantes pontos, que lhe permitem deixar o último lugar da classificação.