Thomas Tuchel afirmou na véspera da estreia na seleção de Inglaterra que estava «um pouco nervoso, mas mais animado». E ficou certamente ainda mais aos 20 minutos, quando Lewis-Skelly marcou na estreia. O 2-0 à Albânia haveria de ser marcado pelo inevitável Harry Kane deixa marca neste encontro em que Inglaterra conquista os três primeiros pontos. 

O menino lateral do Arsenal jogou como gente grande. Nem parecia a estreia. Atacou bem, defendeu melhor e com o golo entra para a história do futebol brasileiro como o futebolista mais jovem a marcar na estreia pela seleção: tem apenas 18 anos e 176 dias. 

Quem também jogou pela primeira vez com a camisola dos três leões foi o central Dan Burn, do Newcastle, mas esta é história ainda mais improvável: tem 32 anos, mas está a fazer uma época tão sensacional que nesta nova Inglaterra de Thomas Tuchel é dono do lugar no onze e neste encontro com a Albânia mostrou que a autoridade está lá, mesmo que com o estatuto de debutante.

Quem já anda há muito a levar Inglaterra a grandes resultados é o inevitável Harry Kane, que em pleno Wembley chegou ao número redondo de 70 golos pela seleção, ele que é o melhor marcador da história, à frente de nomes como Wayne Rooney, o mítico Bobby Charlton e Gary Lineker.

Mas vamos então à estreia de Tuchel. Sem medo de mudar, o alemão jogou com Curtis Jones e Declan Rice à frente do quarteto defensivo – e que bem que estiveram – e no apoio direto a Harry Kane Foden, Bellingham no centro e Rashford – esse mesmo que foi dispensado por Ruben Amorim do Manchester United – sobre a esquerda. E foi assim que desde o primeiro minuto o domínio foi total da equipa da casa.

Já depois de um primeiro aviso de Harry Kane, chegou o tal golo histórico de Lewis-Skelly. Tuchel gostava do que via, até porque a entrega dos jogadores era total. Rashford é disso exemplo, com uma longa corrida de mais de 30 metros para recuperar uma bola que tinha sido ele a perder.

Com esta mentalidade, Inglaterra não deu qualquer hipótese, mas foi tardando o golo que desse alguma tranquilidade, à equipa, mas também aos adeptos que enchiam Wembley para não perderem o primeiro jogo desta no Inglaterra.

E ele chegou aos 77 minutos, por Harry Kane. Não, não foi exibição de luxo, mas sente-se que esta Inglaterra tem muito para crescer. Até pelos muitos jovens que Tuchel chamou.